sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Chovot Halevavot (3 de janeiro de 1559)

Chovot Halevavot, obra clássica da ética judaica, escrita pelo rabino Bachya ben Yosef ibn Paquda (o primeiro "Rabbeinu Bechayei") em/ou antes de 1161, e traduzida para o hebraico do original em árabe pelo famoso tradutor R. Judah idn Tibbon em 1167, foi publicada pela primeira vez em 25 de tevet do ano 5319 da criação (1559).

Bahia Ibn Pakuda (1050-1120)

Juiz rabínico (dayan). Autor de piyutim (poesia litúrgica adicionada à liturgia judaica a partir de VII E.C.). Primeiro filósofo do judaísmo hispânico.

A obra de Ibn Pakuda desenvolveu o caminho do Mussar (moral) na exegese judaica. Sua obra representava a aplicação prática da filosofia à religião. Seu tratado de ética era baseado na ética judaica tradicional e também era permeado de influências do misticismo sufi persa e do idealismo platônico.

Ibn Pakuda argumentava que o judaísmo é uma religião que impõe muitos deveres ao ser humano sendo os deveres do coração, mais numerosos e importantes que os demais, contudo os mais negligenciados. Partindo dessa premissa, Ibn Pakuda coloca que é imprescindível que o coração acompanhe cada uma das ações do ser humano, do contrário seus atos serão mecânicos, portanto, religiosamente imperfeitos.

Ibn Pakuda escreveu o livro Chovot halevavot “Deveres do coração” onde explicava como o judeu deveria proceder para atingir uma religiosidade elevada.

O livro contém uma introdução e é dividido em dez partes, Dez Portais: Shaar haYihud, a afirmação da unidade de Deus; Shaar haChochmá, a maravilha pela sabedoria com que o Universo foi criado; Shaar hatefilá, ensina como agradecer a um benfeitor humano e como manifestar nossa gratidão a Deus; Bitachon, a confiança em Deus; Avodá, venerar Deus através da atuação; Anavá, o portal da humildade; Teshuvá, penitência (=arrependimento), descontinuar o mal, pedido de perdão, promessa de não repetir a ofensa; Cheshbon hanéfesh, auto-exame; Perishut, asceticismo balanceado; Ahavát haShem, o amor a Deus.

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