Pesquisar este blog

Total de visualizações de página

Perfil

Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

Translate

Seguidores

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Sobreviventes de guetos e as indenizações

Sobreviventes de guetos serão indenizados apesar de falha em requerimento

Deutsche Welle, 10/01/2008
http://www.dw-world.de/dw/article/0,2144,3051236,00.html

O formulário é controvertido. Porém Berlim deferiu até agora todos os pedidos de indenização de judeus confinados nos guetos durante a Segunda Guerra e que não prestaram trabalhos forçados.

Imagem 1: Sobreviventes do Holocausto protestam em Israel por aumento de pensão (08/2007)

O Ministério alemão das Finanças comunicou ter recebido milhares de pedidos de indenização, após o governo em Berlim ter liberado 100 milhões de euros para ressarcir, com 2 mil euros, cada sobrevivente dos guetos nazistas que ainda não tenha sido indenizado.

Segundo o porta-voz do ministério, Torsten Albig, o governo pretende investigar as reclamações de que o formulário fosse confuso, contendo uma pergunta capciosa que induziu muitos requerentes a se desqualificar como beneficiários.

A compensação é destinada a vítimas que não puderam receber da Alemanha indenizações de trabalhos forçados, por terem trabalhado por dinheiro nos guetos, zonas criadas pelos nazistas para confinar os judeus nas cidades da Europa Oriental durante a Segunda Guerra.

"Requerimentos enganosos"

As organizações representantes de sobreviventes do Holocausto em Israel declarou que muitos requerentes que teriam direito à indenização entenderam mal o formulário e assinalaram, por engano, o item que dizia: "Fui forçado a trabalhar."

Chen Yurista, diretor da Conferência de Reivindicações Materiais de Judeus contra a Alemanha, sediada em Tel Aviv, afirmou que certos sobreviventes de guetos acharam que não tinham chance a não ser trabalhar como voluntários, temendo ser mortos, caso contrário. Por isso, eles se sentem como se tivessem sido coagidos.

A organização dirigida por Yurista recebeu inúmeros telefonemas de requerentes confusos, informando-os que as indenizações eram destinadas a vítimas de trabalho voluntário.

O Ministério das Finanças garantiu não ter indeferido nenhum pedido até agora. Ele enfatizou que, se parecer que o requerente assinalou o item incorretamente, as autoridades entrarão em contato com ele.

Formulário pode ser reformulado

Imagem 2: Reprimida revolta no gueto de Varsóvia, 1943

O ministério está discutindo com as autoridades israelenses uma forma mais clara de colocar a questão no formulário. "Evidentemente, o fundo não se destina a pessoas que tivessem vivido voluntariamente nos guetos", explicou Albig. "Todos que estavam lá foram forçados e só isso já é um crime horrendo."

Sobreviventes dos guetos nazistas lamentam que apenas poucos deles tenham direito de obter a aposentadoria alemã com base nos trabalhos que desempenharam durante a guerra. Após grande pressão diplomática, o governo alemão anunciou a criação deste fundo em setembro de 2007. (sm)

Nenhum comentário: