Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.
Aurora (10/11/2010):Critican ferozmente a Israel en la Noche de los cristales rotos: Alemania recordó en diferentes actos la noche del 9 al 10 de noviembre de 1938, conocida como "Noche de los cristales rotos", en la que militantes nazis asesinaron a cientos de ciudadanos alemanes de confesión judía y quemaron miles de comercios de su propiedad y sinagogas. Los historiadores coinciden en que en esa jornada se inició oficialmente el programa de exterminio judío que acabó con la vida de millones de personas entre 1941 y 1945. En un acto en Potsdam (este), el presidente de Alemania, Christian Wulff, se refirió al 9 de noviembre de 1938 "como una jornada especialmente difícil para la historia de Alemania", si bien recordó también que otro 9 de noviembre, el de 1989, cayó el muro que separó a los alemanes del este y el oeste desde 1961. >>> Leia mais, clique aqui.
Deutsche Welle: 1938:O pogrom da "Noite dos Cristais": No dia 9 de novembro de 1938, agentes nazistas à paisana assassinaram 91 judeus, incendiaram 267 sinagogas, saquearam e destruíram lojas e empresas da comunidade e iniciaram o confinamento de 25 mil judeus em campos de concentração. Aquela que ficaria conhecida no próprio jargão nazista como a "noite dos cristais quebrados" marcou o início do Holocausto, que causou a morte de seis milhões de judeus na Europa até o final da Segunda Guerra Mundial. A "Noite dos Cristais" (Kristallnacht ou Reichspogromnacht), de 9 para 10 de novembro de 1938, em toda a Alemanha e Áustria, foi marcada pela destruição de símbolos judaicos. Sinagogas, casas comerciais e residências de judeus foram invadidas e seus pertences destruídos. >>> Leia mais, clique aqui.
O diário de Mary Berg - Memórias do gueto de Varsóvia: Sobrevivente do holocausto, Mary Berg escreveu um diário em polonês com uma espécie de código especial, onde contava as experiências de sua família no gueto de Varsóvia. Com um impressionante relato a autora descreve toda a organização do gueto e a luta diária de seus moradores pela sobrevivência.
Purificar e destruir - Usos políticos dos massacres e dos genocídios: Este livro, excepcional em todos os pontos, é fruto de muitos anos de trabalho no âmbito de um programa do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, o CNRS. Ele propõe um enfoque fortemente transdisciplinar e comparativo, tentando “pensar” os processos de violência que desembocaram em massacres e genocídios da época moderna. Como tais crimes em massa foram possíveis? Quais manipulações da linguagem e dos espíritos intervieram para preparar a “passagem ao ato”, sobretudo com a elaboração prévia de um imaginário e de justificativas? Como se articula e alucina a mecânica do assassínio? O autor baseou fundamentalmente sua investigação em vários exemplos: a Shoah judaica da Segunda Guerra Mundial, as limpezas étnicas da ex-Iugoslávia, o genocídio da população tutsi de Ruanda e, ainda, os genocídios armênio e cambojano. Devido à amplitude da documentação utilizada, à riqueza das referências bibliográficas e à exigência permanente da análise, este livro é, ao mesmo tempo, vertiginoso e sem equivalente. Nunca, sem dúvida, se havia abordado de tão perto esse enigma insondável, esse “buraco negro” diante do qual a compreensão humana titubeia.
Convidamos a Comunidade e a todos os interessados para assistir a um documentário inédito feito pelo nosso Departamento de Comunicação pelos 70 anos da Noite das Vidraças Quebradas, a Kristallnacht.
O documentário é fruto de dois anos de pesquisas de imagens e digitalização. Conseguimos reunir um número sem precedentes de imagens dos dias 9, 10 e 11 de novembro de 1938, mais de 10 minutos de fotos e filmes, pemitindo ter uma nova leitura sobre o que aconteceu com nossos irmãos na Alemanha, Áustria e Tchecoslováquia.
De forma geral tudo que se encontra sobre a Kristallnacht se resume a uma ou outra foto bem "batida" e algumas linhas de texto e narração, como se fosse um episódio menor na história do Holocausto e não a marca trágica de seu início. Você verá um grande número de sinagogas atacadas, agora identificadas por nome ou localização, além de imagens impressionantes de milhares de homens judeus presos no dia 10, e a inequívoca primeira página do New York Times do dia 11 mostrando a tragédia em Viena.
Todas as instituições judaicas ou não que desejarem a cópia em DVD deste documentário podem solicitar através de ctv@fierj.org.br (gratuito).
Para ampliar sua divulgação ele já está disponível no YouTube antes da veiculação do programa, em alta qualidade e pode ser encontrado no link abaixo que você pode reenviar para seus amigos.
Chanceler federal Angela Merkel convoca população do país a evitar racismo e anti-semitismo, ao lembrar os 70 anos da noite em que nazistas atacaram em massa estabelecimentos pertencentes a judeus no país. >>> Leia mais em Deutsche Welle, em 08/11/2008.
Deutsche Welle, em 06/11/2008 - O Conselho Central dos Judeus da Alemanha é a organização-teto da comunidade judaica alemã. Pouco antes dos 70 anos da Noite dos Cristais, a Deutsche Welle conversou com a presidente do grêmio, Charlotte Knobloch.
O Conselho Central dos Judeus da Alemanha é uma organização-teto de cunho político e social que representa 107 comunidades judaicas e 23 associações regionais, englobando por volta de 104 mil membros. Desde junho de 2006, o Conselho é dirigido por Charlotte Knobloch – a primeira mulher na presidência do grêmio.
Representantes do Conselho Central dos Judeus sempre são consultados quando se trata de questões que envolvam a memória do Holocausto, anti-semitismo e extremismo de direita. A Deutsche Welle conversou com Knobloch sobre os 70 anos da Noite dos Cristais, nome dado aos ataques a instituições judaicas e sinagogas em toda a Alemanha na noite de 9 para 10 de novembro de 1938.
Deutsche Welle: Neste ano, o pogrom de novembro de 1938, conhecido popularmente por Noite dos Cristais, é lembrado pela 70ª vez. A senhora era uma criança quando isso aconteceu. Que lembranças pessoais tem daquele dia?
Charlotte Knobloch: Minha lembrança daquele dia é que vaguei por Munique segurando a mão do meu pai. Fomos advertidos de que algo estava se formando contra os judeus e que não deveríamos permanecer em casa, mas na rua. Da nossa casa, saímos andando em direção ao escritório de meu pai.
Ele era advogado em Munique e ligou para seu escritório de uma cabine telefônica. Uma voz de homem atendeu e ele se apresentou como um cliente. Naquele momento, ele já sabia o que estava acontecendo. Eles já o estavam esperando.
Fomos então até a rua Herzog Rudolf. Tudo já estava cercado, mas eu – e isto ainda está na minha memória – eu vi a sinagoga pegar fogo. Ele quis então ir até a casa de seu bom amigo, que para mim também era o tio Rothschild. Mas quando aí chegamos, já estava à porta o célebre carro que todos conheciam. O amigo do meu pai saiu então com duas pessoas de casa e tinha até uma venda nos olhos. Ele foi levado para o carro e nos olhou, virando rapidamente seu rosto. Não queria que nos reconhecessem. Ele foi empurrado para dentro do carro com os pés de forma bastante brusca.
De uma cabine telefônica, meu pai ligou para um amigo íntimo fora de Munique. Perguntou se eu podia passar a noite lá. Andamos cerca de uma hora e meia a duas horas a pé. Para escapar do controle policial, tínhamos sempre que nos desviar das ruas principais.
Qual a importância da lembrança de 9 de novembro de 1938. Qual sua importância para as pessoas, para os jovens de hoje?
Temos que ver as coisas de forma clara. Já completa 70 anos – o 9 de novembro de 1938 – e esta é a última possibilidade de falar com testemunhas da época sobre este dia. Neste ponto, temos que prestar atenção para que, não somente pela septuagésima vez, mas também nos anos posteriores, os mais jovens assumam a responsabilidade pela lembrança, pela recordação desse dia.
Há anos que as comunidades judaicas recebem cada vez mais imigrantes de países da antiga União Soviética. Isto significa um crescimento para as comunidades, mas certamente também um desafio. Em sua opinião, este desafio foi superado?
Este desafio deve ser intensificado. Lidamos agora com imigrantes que, por serem judeus, sofriam muitos preconceitos na antiga União Soviética. Mas como a religião era proibida, eles não tinham a menor idéia do judaísmo. Eles têm agora que ser integrados na vida e na religião judaicas. Mas também devem ser introduzidos, naturalmente, na sociedade: no país, nos costumes e nos valores deste país.
Se não tivéssemos tido imigração, também não estaríamos contentes pelos novos prédios que, semanalmente, mensalmente, são erguidos na Alemanha e que tornam a vida dos judeus na Alemanha novamente bela.
A senhora adverte para um anti-semitismo latente, mal dissimulado ou até mesmo para um anti-semitismo aberto na Alemanha. De que maneira constata que a hostilidade perante judeus ainda não está superada neste país?
Sim, trata-se dos clichês e dos preconceitos que sempre escuto. Algumas vezes de forma direta, outras vezes de outra forma. Também é o tema Israel. No momento em que se comparam os israelenses, o governo israelense com os nazistas, com Hitler, isso é para mim uma afirmação anti-semita. Neste ponto, eu sempre digo: é claro que se pode criticar o país, criticar o governo. Acho que uma crítica construtiva é sempre boa, pois às vezes a crítica também ajuda.
Mas o anti-semitismo e este latente anti-semitismo com seus preconceitos e clichês já existem e quando, naturalmente, perguntam-me – principalmente pessoas jovens – se os judeus têm que pagar impostos, então eu sei do que se trata.
Quando a senhora viaja pela Alemanha – a senhora tem muitos compromissos por todo o país – que tipo de pessoas encontra? A senhora tem uma idéia de quais são as partes da sociedade nas quais os preconceitos contra os judeus ainda crescem ou existem?
Hoje em dia, tem-se a impressão – e cada vez mais se escuta – de que até no centro da sociedade está presente certo anti-semitismo, que pessoalmente me preocupa. Sempre tento aí estar presente para iniciar um diálogo, uma conversa aberta que possa afastar talvez os preconceitos de um ou de outro.
A senhora é freqüentadora assídua da sinagoga? Qual o papel da religião em sua vida?
Cresci numa família bastante tradicional. Conheci então meu marido, que veio da Polônia, trazendo consigo uma ortodoxia bastante agradável e cordial. E a pratico sempre que posso. No sábado, vou com certeza à sinagoga. Nos feriados, também.
Mas também acho que, em minha posição, é muito importante indicar determinada direção, pois, neste sentido, também se está sendo observado. Mas eu não sou de nenhuma forma fundamentalista.
Der Spiegel, em 21/10/2008 - No outono de 1938, os capangas de Hitler lançaram um ataque brutal aos judeus, que mais tarde tornou-se conhecido como "Kristallnacht". Agora, um jornalista israelense encontrou restos daquele pogrom [ataque violento maciço a pessoas, com a destruição simultânea do seu ambiente] em um aterro perto de Berlim.
Há quase exatamente sete décadas os nazistas brutais da SA se espalharam pela Alemanha para disseminar terror entre a população judia. O evento, que destruiu milhares de lojas judias, incendiou centenas de sinagogas e matou dezenas de judeus, passou a ser chamado de "Kristallnacht".
Agora, um jornalista israelense, conduzindo pesquisas perto de Berlim, encontrou o que poderia ser um enorme aterro cheio de destroços do pogrom, que ocorreu na noite de 9 de novembro de 1938.
A descoberta, primeiramente divulgada na edição do "Spiegel" desta semana, foi feita por Yaron Svoray, 54, a menos de uma hora de carro a nordeste de Berlim, no Estado de Brandenburgo. Enquanto conduzia suas pesquisas em Carinhall, residência de campo do nazista Hermann Göring, um morador local disse ao israelense que objetos de casas judias destruídas durante os pogroms tinham sido despejados ali perto.
Svoray rapidamente encontrou uma série de artefatos que possivelmente corroboram a alegação do morador, inclusive uma garrafa de vidro verde com uma estrela de Davi impressa no fundo e parte de um elaborado encosto para as costas, que Svoray acredita ser das sinagogas da época.
O aterro onde os objetos foram encontrados tem o tamanho de quatro campos de futebol. Um mapa antigo identifica a área como tendo sido usada desde 1900 e indica que o local especifico onde Svoray encontrou as relíquias foi usado como aterro de lixo entre 1935 e 1940.
"É muito provável que estamos lidando com restos da Kristallnacht", disse Svoray, referindo-se ao pogrom da "noite de vidro quebrado" do dia 9 de novembro de 1938, quando nazistas lançaram um ataque coordenado a sinagogas e negócios judeus na Alemanha. Mais de 1.400 sinagogas e outros estabelecimentos judeus religiosos na Alemanha e na Áustria foram danificados ou destruídos naquela noite, de acordo com estimativas do Museu Histórico Alemão. Dezenas de judeus foram mortos no ataque e milhares foram presos e levados para campos de concentração.
Agora, estão pedindo ao governo alemão que contrate especialistas para investigar a área. O Museu dos Combatentes dos Guetos de Israel, instituição respeitada que pesquisa crimes nazistas e estava envolvida na pesquisa, pediu permissão para que seus especialistas analisassem os objetos descobertos, de acordo com o jornal israelense Haaretz.
Tanya Ronen-Löhnberg, funcionária do museu, disse ao Haaretz que seus especialistas determinaram "com alta probabilidade que a garrafa de vidro é do período anterior à 'Kristallnacht'".
"Não duvidamos nada que futuras investigações no local confirmem nossas suposições", disse Ronen-Löhnberg ao Spiegel.
"Não é uma questão de tesouro ou dinheiro. Há uma chance de termos uma descoberta histórica, que deve ser encarada em nível do Estado ou do distrito onde a área está localizada", disse Svoray aos repórteres no domingo, de acordo com o Haaretz.
Svoray é famoso por ter passado seis meses secretamente entre nazistas alemães nos anos 90. O livro baseado em suas experiências, "In Hitler's Shadow" (Na sombra de Hitler), virou filme.