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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Viradouro levará para a avenida carro sobre o Holocausto

Às vésperas do Carnaval surge uma polêmica envolvendo um carro da Viradouro. A Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) quer que o carnavalesco Paulo Barros reavalie a decisão de colocar na avenida uma alegoria sobre o Holocausto, episódio histórico em que seis milhões de judeus foram assassinados em campos de concentração durante a 2ª Guerra Mundial.

Há três meses, Sérgio Niskier, presidente da Fierj, se reuniu com representantes da escola para conversar. "Nós percebemos claramente que não há preconceito. Mas colocar um carro dizendo ser a representação do Holocausto ao lado de passistas, ainda que no carro não tenha ninguém sambando, é inadequado”, explica Niskier. Mas ele esclarece que não vai vetar a alegoria. "Nunca houve isso", afirmou.

Marco Antônio Lira de Almeida, presidente da escola, declarou que não cogitou a possibilidade de tirar o carro do desfile. A falta da alegoria poderia significar perda de pontos para a Viradouro.

"A intenção do carro do Holocausto é mostrar um acontecimento histórico e fazer um alerta. É um carro muito sério. Não é nenhum desrespeito. Faz parte do Carnaval levar a informação", afirmou o carnavalesco Paulo Barros.


Pano preto

A ordem da direção da Viradouro é não permitir fotos da alegoria até o Carnaval. O carro permanecerá coberto por um pano preto até o dia do desfile, no próximo domingo. Essa não é a primeira vez que um carro alegórico provoca polêmica.

Em 1989, o carnavalesco Joãozinho Trinta foi obrigado pela justiça a cobrir com uma capa preta a imagem do Cristo Redentor vestido de mendigo em um desfile da Beija-Flor. A decisão atendia ao pedido do arcebispo Dom Eugênio Sales.

Em 2004, foi o cardeal Dom Eusébio Scheid que exigiu a retirada de imagens de atos sexuais da Grande Rio, criadas também por Joãozinho Trinta. As informações são do G1.

Extraído de:
A Tribuna on-line

Litoral Paulista, Quarta-Feira, 30 de Janeiro de 2008.

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