Moacyr Scliar nasceu
É colaborador da Folha de S.Paulo desde a década de 70 e assina atualmente uma coluna no caderno Cotidiano.
LEITURAS CRÍTICAS
"A complexidade do mundo evocado por Scliar está na técnica narrativa: fragmentada, contrapontística (entrecortada de vozes); planos entrecruzados, num vaivém de personagens e situações. Diversos episódios não raro contêm elementos encontráveis nos contos folclóricos, tais como o intuito moralizador e didático, a visão maniqueísta, o sentimentalismo chauvinista, os ritos simbólicos que envolvem a ética judaica do sofrimento e a expectativa da redenção. [...] Ouvir e contar histórias, como Scliar nos afirma, fez sempre parte do cotidiano de sua biografia como também de suas personagens, da história do seu mundo e da trajetória regionalista de seu Estado. Mas não é apenas o ofício de narrar que o interessa, o caso contado, a coisa extraordinária narrada, mas o que está por detrás - o lado oculto do caso: o precioso patrimônio das tradições de um passado que se presentifica na sua diversidade, na sua ambigüidade. Isto é, todo o arsenal de experiência (de vida vivida) que a história narrada transmite, explorando o mais possível, a fantasia que vai sendo semeada de geração em geração." (Szklo, Gilda Salem. O bom fim do shtetl: Moacyr Scliar. São Paulo: Perspectiva, 1990. p.156).
FONTES DE PESQUISA
SILVERMAN, Malcolm. A ironia na obra de Moacyr Scliar. In: ______. Moderna ficção brasileira. Tradução de João Guilherme Linke. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira: INL, 1978. p. 170-189.
ZILBERMAN, Regina Levin. A ficção de Moacyr Scliar. Suplemento Literário, Belo Horizonte, 27 mar. 1982. p. 8., c. 1-4.
Veja Entrevista com Moacyr Scliar, em junho de 2002.
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