Um livro ateu para crianças gerou polêmica na Alemanha e seu autor, Michael Schmidt-Salomon, foi acusado de anti-semitismo. Segundo seus críticos, o escritor fez o retrato de um rabino de uma forma que lembrou as caricaturas de judeus nos anos 30.
Schmidt-Salomon satirizou a acusação de anti-semitismo, ao lembrar que já foi acusado de "agente de Israel". "Faz pouco tempo a televisão iraniana me acusou de ser um agente de Israel, que com o Conselho Central dos Muçulmanos iniciei um ataque tipicamente judeu contra o Islã. Por isso, essa etiqueta de anti-semita veio bem para meu currículo. Não deve haver muitos agentes de Israel que sejam anti-semitas", afirmou o escritor, em seu site.
O livro "Qual o caminho até Deus?, pergunta o porquinho" tem sido criticado também reduzir as três religiões monoteístas as suas variações fundamentalistas. Os personagens centrais são um porquinho e um ouriço, que conversam sobre Deus, além de um rabino ultra-ortodoxo, um imã muçulmano e um bispo.
"Não devemos confundir a religião 'light' com a autêntica religião. O fato de que a maioria das pessoas neste país não padeçam de uma obsessão religiosa ou que somente a sofram em doses homeopáticas não quer dizer que não seja socialmente significativamente neste mundo", afirmou.
Folha de São Paulo on-line, em 03/02/2008.
Nenhum comentário:
Postar um comentário