Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.
Em viagem pelas serras capixabas, cidade de Afonso Cláudio, me deparei com um "museu de guerra" que evidencia o heroísmo do povo alemão. Foi criado por um alemã radicado no Brasil e virou até notícia num site de um hotel local. Mais detalhes podem ser vistos no endereço abaixo: http://www.aroso.com.br/index.php/article/articleview/247/1/11/
Meu espírito judeu se contorce diante da suástica e o louvor que este memorial sucita. Pessoas olham e admiram como se fosse apenas imagens de um filme de guerra e como se nada daquilo tivesse causado dor, sofrimento, desespero e terror. Lembro nesses momentos das palavras de Simon Weisenthal: "não podem ser esquecidos os que morreram". Assim considero que qualquer uso da suástica que não seja para mostrar repulsa e indignação em relação aos que a impuseram, é uma clara apologia aos ideais nazistas. Principalmente numa região conhecidamente povoada pela imigração alemã no Espírito Santo.
Deixo esta postagem na esperança que não seja em vão pois acho que no RJ a comunicade judaica tenha mais força para pelo menos noticiar em forma de denúncia esta semente nazista.
Ps. o mais assustador foi ver crianças, que visitavam o museu, fazer a saudação nazista diante dos maniquim trajados com roupas da Gestapo e da SS.
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Em viagem pelas serras capixabas, cidade de Afonso Cláudio, me deparei com um "museu de guerra" que evidencia o heroísmo do povo alemão. Foi criado por um alemã radicado no Brasil e virou até notícia num site de um hotel local. Mais detalhes podem ser vistos no endereço abaixo:
http://www.aroso.com.br/index.php/article/articleview/247/1/11/
Meu espírito judeu se contorce diante da suástica e o louvor que este memorial sucita. Pessoas olham e admiram como se fosse apenas imagens de um filme de guerra e como se nada daquilo tivesse causado dor, sofrimento, desespero e terror. Lembro nesses momentos das palavras de Simon Weisenthal: "não podem ser esquecidos os que morreram". Assim considero que qualquer uso da suástica que não seja para mostrar repulsa e indignação em relação aos que a impuseram, é uma clara apologia aos ideais nazistas. Principalmente numa região conhecidamente povoada pela imigração alemã no Espírito Santo.
Deixo esta postagem na esperança que não seja em vão pois acho que no RJ a comunicade judaica tenha mais força para pelo menos noticiar em forma de denúncia esta semente nazista.
Ps. o mais assustador foi ver crianças, que visitavam o museu, fazer a saudação nazista diante dos maniquim trajados com roupas da Gestapo e da SS.
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