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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 10 de abril de 2008

Líderes religiosos e civis internacionais convidam a não relacionar religião com violência

Firmam a «Declaração de Montserrat»

Por Miriam Díez i Bosch

MONTSERRAT, quinta-feira, 10 de abril de 2008 (ZENIT.org).- Ao meio-dia desta quinta-feira, celebrou-se no Mosteiro de Montserrat um ato com personalidades internacionais procedentes de diferentes tradições religiosas e da sociedade civil para afirmar que «as religiões não deveriam ser nunca mais origem de confronto, e sim de conciliação».

Os assinantes da chamada «Declaração de Montserrat» reclamaram a implicação da sociedade civil, que deve exigir às autoridades que empreendam ações, assim com a de governos e as organizações internacionais, e a dos líderes políticos e religiosos, para que reforcem seu papel como «protagonistas da paz e da compreensão mútua».

Entre os que assinaram se encontram Mohammad Jatami, presidente da Fundação para o Diálogo entre Civilizações e ex-presidente da República do Irã; Aram I, Catholicos da Cilicia da Igreja Armênia Ortodoxa e presidente do Conselho de Igrejas do Oriente Médio; o rabino francês René-Samuel Sirat; Federico Mayor Zaragoza, presidente da Fundação Cultura de Paz e ex-diretor geral da UNESCO; William F. Vendley, secretário-geral da Conferência Mundial de Religiões para a Paz.

Na declaração se lê que «a informação enganosa sobre a origem dos conflitos exige uma análise inequívoca sobre a relação entre os sentimentos religiosos e a violência, para avançar rumo à construção de paz, mediante a prevenção e a resolução pacífica».

«Se não analisarmos e demos a conhecer de um modo esmerado esta relação, alguns meios de comunicação e muitas pessoas de qualquer parte do mundo continuarão pensando e percebendo que a religião é, com freqüência, a que alimenta a violência.»

Já em 1994, em Barcelona, aconteceu uma reunião entre os representantes de diferentes crenças e organizações religiosas, na qual os participantes chegaram à conclusão unânime de que as religiões, baseadas em valores compartilhados como a fraternidade, a solidariedade humana e o amor, «não deverão ser jamais origem de confrontação, mas de conciliação».

Os signatários desta Declaração afirmam que «os conflitos dramáticos e incansáveis do Oriente, como também os acontecimentos trágicos que aconteceram recentemente em outros lugares do mundo, requerem soluções desde a tomada de consciência, do compromisso e da implicação da sociedade civil, que deve exigir das autoridades que empreendam ações e adotem medidas políticas».

Assim, pedem «superar as idéias falsas, os estereótipos, a linguagem tendenciosa e os conceitos que os meios de comunicação difundem e com freqüência os líderes irresponsáveis reproduzem. Devemos rebater as atitudes que proponham a idéia de um vínculo entre religião e violência, extremismo e inclusive terrorismo».

«Portanto, reunidos na edificante montanha e abadia de Montserrat, e dentro do marco do 60º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, confirmamos nossa adesão plena aos princípios ratificados na Declaração, como também em outros documentos e acordos internacionais, que garantem o direito e o pleno respeito à liberdade de religião e outras crenças, e promovem o diálogo e a interação com pessoas de outras afinidades e identidades, sejam crentes ou não.»

«Destacamos a importância que as identidades têm hoje, as quais, deixando de fora os extremismos, constituem a base mais poderosa para criar um modelo efetivo de coexistência internacional.»

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