Para professor americano, data deve ser celebrada apesar de erros israelenses. Pesquisadora de origem palestina diz que país impõe apartheid na região.
G1, em 14/05/2008.
O G1 entrevistou dois pesquisadores da questão israelense-palestina para saber se há motivos para que o mundo comemore os 60 anos de Israel, e vislumbrar um fim pacífico para os conflitos na região.
Para o cientista político norte-americano Mitchell Cohen, é preciso distinguir políticas de um governo ou outro do projeto em si, e, apesar de erros, o Estado judeu deve ser celebrado como libertação, reconstrução bem-sucedida de um povo perseguido. Segundo o professor da City University of New York e Phd pela Universidade Columbia, isso não significa esquecer os palestinos, que merecem ser lembrados. Ele critica que Israel tenha se transformado em um bode expiatório para os problemas do Oriente Médio, um símbolo do “imperialismo”.
Clique para ler: Apesar de erros, Estado judeu deve ser celebrado
A pesquisadora do Instituto para Estudos Palestinos Nadia Hijab discorda. Para ela, em vez de celebrar a fundação de um Estado, o aniversário da independência israelense deve ser aproveitado para observar o sofrimento palestino. Segundo ela, o que acontece com os palestinos sob domínio israelense pode ser comparado ao apartheid sul-africano, e não pode ser comemorado.
Leia aqui: Mundo não deve comemorar novo apartheid
Israel nasceu em parte com base na reivindicação histórica dos judeus sobre as terras bíblicas, e em parte para que servisse de refúgio aos sobreviventes das perseguições anti-semitas na Europa, que culminaram no Holocausto nazista.
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