da Efe, em Cannes
O diretor israelense Ari Folman trouxe ao Festival de Cannes uma interessante reflexão em forma de documentário animado sobre o papel de Israel no massacre de palestinos em Sabra e Shatila (Líbano) em 1982.
Na produção Folman evidencia seus remorsos e os de seus companheiros pelo que descreve como um papel passivo no massacre cometido nos campos de refugiados de Sabra e Shatila, onde pelo menos 800 civis, em sua maioria mulheres e crianças, morreram pelas mãos --unicamente, segundo o filme-- de falangistas cristãos.
A teoria defendida por Folman é a oficial mantida por Israel, que culpou pelo massacre os falangistas cristãos e se limitou a responsabilizar Ariel Sharon --então ministro da Defesa-- indiretamente, já que os soldados israelenses, que tinham esses campos sob seu controle, não evitaram a tragédia.
No filme, a voz de Sharon aparece e seu papel é o de conhecedor passivo do que ocorria, da mesma forma que o resto dos personagens, que mais de 20 anos depois desses fatos mostram remorso por sua falta de ação e repudiam o massacre.
E faz isso como um documentário, misturando imagens falsamente reais com depoimentos de protagonistas da história que narra.
FSP on-line, em 15/05/2008.
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