Gilfrancisco
Sionismo - O Estado de Israel bem pode ser considerado a consagração do movimento sionista, que trabalha pelo restabelecimento da soberania política do povo judeu e pelo retorno à terra de seus antepassados. Poucas vezes na história uma utopia voluntária originou uma realização de tamanha importância. O termo "sionismo", que surge por volta de 1890, refere-se à Sion, colina de Jerusalém sobre a qual foi construído o primeiro templo, e que simboliza a Terra Prometida. Também chamado Mesquita de Omar, é um dos três grandes lugares sagrados do islamismo, segundo a tradição, foi aí que o profeta Maomé terminou sua misteriosa viagem noturna "Louvor Àquele que transportou Seu servo durante a noite, do lugar do culto sagrado (Medina) ao lugar do culto mais longínquo (al-Aksa), de onde lançamos uma bênção sobre os arredores, a fim de lhe mostrar alguns de nossos sinais maravilhosos".
Uma das mais importantes cidades de Israel, Jerusalém constitui um centro administrativo e cultural, contando com bons Museus apresentando uma cidade antiga e bairros modernos a oeste e ao norte. Jerusalém é um dos grandes centros acadêmicos de Israel. Nela se situa a Universidade Hebraica, que possui modernas instalações, bem como outra importante instituição educativa e cultural que é a "Academia de Artes e Design Bezalel".
Situada a oeste do Mar Morto acerca de
No dia seguinte, os exércitos da Liga Árabe passaram ao ataque. Os israelenses pareciam liquidados, mas se beneficiaram do apoio incondicional dos judeus do mundo todo, cujo auxílio financeiro lhes permitiu comprar armas. A partir de julho, as forças israelenses tomaram a ofensiva, rechaçando os exércitos inimigos e ocupando a maior parte do território reservado aos árabes no plano de partilha da ONU.
Conflito - Delimitado pelo amistício de 1949, Israel ampliou seu território, a partir de 1967, através da ocupação da faixa de Gaza, da Cisjordânia, da parte oriental de Jerusalém e das colinas de Golan (mais de 7.000 km² no total). Do Mediterrâneo ao Vale do rio Jordão e ao mar Morto sucedem-se estreita planície costeira e vasta região de colinas. Por três vezes, depois de 1949, o país esteve
A partir de então, o problema desses territórios dominou a diplomacia do oriente Médio e culminou na Guerra do Yom Kippur (outubro de 1973). Foi vencida por Israel, que ficou um pouco mais isolado dentro da ONU. Em 26 de março de 1979 foi assinado um tratado de paz entre Israel e Egito que previa a desocupação e devolução do Sinai e a concessão de certa autonomia a Gaza e aos territórios ocupados em 1967, na Cisjordânia. Em 1981, por decisão unilateral, a Knesset decidiu, por motivos de segurança, anexar às colinas de Golan, na Síria foi devolvido ao Egito. Israel envolveu-se no conflito do Líbano, mas o governo, a partir de 1984, empenhou-se em acordos para a retirada de suas tropas. Desde então, intensificou-se a atividade terrorista em Israel, acelerando a retirada das tropas de ocupação do Líbano, em junho de 1985.
Acordo de Paz - As pressões da comunidade internacional e os êxitos diplomáticos da OLP - Organização para Libertação da Palestina após a proclamação do Estado da Palestina (novembro de 1988) levaram Israel a propor (maio de 1989) uma iniciativa de paz que previa a eleição de representantes palestinos nos territórios ocupados, encarregados de encaminhar negociações com o Estado hebreu. A inércia política provocou dissensões internas no governo e gerou uma nova crise.
Durante a guerra do Golfo, Israel teve seu território atacado por mísseis iraquianos e, pressionado pelos EUA, decidiu não revidar. Após o final da guerra, os EUA empenharam-se em realçar o processo de paz árabe-israelense, apesar da insistência de Israel em reafirmar seu direito de colonizar os territórios ocupados. Apesar das dificuldades, o processo de paz apresentou progresso, sustentado por uma forte vontade política tanto de Israel quanto da OLP. Em maio de 1994, Rabin e Arafat assinaram, no Cairo, um acordo sobre a aplicação da autonomia na faixa de Gaza e no enclave de Jericó, que logo entrou em vigor.
Enquanto Israel e a recém constituída autoridade Nacional Palestina (presidida por Yasser Arafat), conversavam sobre a efetivação do acordo de paz, radicais de ambos os lados espalhavam o terror através de atentados. Em novembro é assassinado Izhak Rabin por um extremista judeu colocou em risco o processo de paz no Oriente Médio. O chanceler Shimon Peres assumiu o cargo de primeiro-ministro e prometeu dar continuidade às negociações com a Autoridade Nacional Palestina.
Ben Gurion - A figura de David Bem Gurion (1886-1973- filho do leão, segundo o pseudônimo que ele próprio escolheu) está indissoluvelmente ligada à luta pela criação e pela defesa do estado de Israel. Nascido na Polônia, Bem Gurion emigra para a Palestina em 1906, na segunda aliá dos pioneiros-socialistas. Em 1909 ele funda o Hashomer (A Sentinela), a primeira força de autodefesa judaica. Bem se impõe por seus talentos de orador e sua combatividade na liderança do Mapai, o partido trabalhista. Em 15 de maio de 1948, é ele quem lê a proclamação do Estado de Israel e torna-se seu primeiro dirigente (1948-1953).
Partidário da política do fato consumado, ele se opõe ao retorno dos refugiados palestinos e a qualquer concessão. Convencido de que Israel não pode impor a paz aos árabes a não ser pela força, dá início à doutrina da ação preventiva e das represálias sistemáticas contra as infiltrações dos fedayin. Jerusalém ficou dividida em dois setores. Os bairros ocidentais foram ocupados por Israel, que não reconheceu a internacionalização proclamada pela ONU, e a Cidade Velha, na parte oriental passou para a Jordânia.
Judaísmo - Entre a religião cristã e islâmica, o judaísmo é a mais antiga das três. Segundo a Bíblia, Deus chamou Abrão, mudou seu nome para Abraão e estabeleceu com ele uma aliança. Como sinal dela, todos os homens seguidores da fé judaica deveria fazer a circuncisão. A obra de Abraão foi completada por outro líder Moisés, o qual deu ao povo judeu um código de leis que inclui de noções teológicas a hábitos alimentares e sexuais. As leis estabelecem a idéia de monoteísmo (a crença num só Deus). Deveriam ainda evitar trabalhos aos sábados, celebrar festas como a Páscoa e não tocar em animais considerados impuros, como o porco.
Os judeus tiveram uma história política agitada. Depois de um período de esplendor com o rei Salomão, foram dominados por vários povos, como os assírios, os persas e os romanos. E se rebelaram sempre contra o domínio estrangeiro, guardando firme a idéia de que era um "povo eleito", ou seja, uma nação que Deus escolhera de forma especial sobre a terra. Por isso, os judeus nunca foram missionários, não procuraram espalhar a religião judaica. O judaísmo soma hoje no mundo mais de vinte milhões de adeptos.
Literatura - Muito antes do nascimento do Estado de Israel, diversos escritores, oriundos, sobretudo da Europa central e da Rússia, contribuíram para o desenvolvimento da literatura israelense, adaptando o hebraico ao mundo moderno. Os termos hebreus e hebraicos referem ao povo de Abraão e à língua do Velho Testamento. A escolha do hebraico como língua nacional pelo movimento sionista realça sua filiação histórica e a legitimidade de suas reivindicações sobre a terra da Bíblia. Ela é o documento mais antigo que se tem sobre os judeus, coincide com a sua mais antiga produção literária. Apesar ter sido produzida em diferentes épocas, nem sempre perfeitamente determinada, o de ter sido escrita por diversos autores, muitos anônimos, o ter sido também trabalhada original e posteriormente em mais de uma língua, todas essas circunstâncias lhe emprestam um caráter mítico.
Por exemplo, o poema épico "Jerusalém Libertada" de T. Tasso dividido em 20 cantos, com 15.000 versos distribuídos em oitavas, conta a tomada de Jerusalém pelos cavaleiros cristãos da I Cruzada (1009). Ao relato da I Cruzada, mesclam-se episódios romanescos com a paixão de Hermínia por Tancredo e a morte de Clorinda. Tasso realizou nessa obra a fusão de uma epopéia nos moldes de Virgilio com a matéria típica das canções de gesta e da poesia cortês da Idade Média.
Cinform on-line, em 15/05/2008.
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