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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 17 de maio de 2008

Utilizando o Poder da Fala

Dvar Torá: baseado no livro Growth Through Torah, do Rabino Zelig Pliskin

A Torá declara: “Vocês não devem ferir os sentimentos dos outros e devem temer o Todo-Poderoso (Vaikrá 25:17).Por que o versículo acaba com as palavras: ‘E devem temer o Todo-Poderoso’?

O Rabino Shlomo Kluger (Galícia, 1785-1869) explicou: “Algumas pessoas não se importam com os sentimentos dos outros. Pensam que só precisam ter cuidado em respeitar os mandamentos que envolvem as obrigações do homem com D’us. A verdade é que se uma pessoa não é cuidadosa com suas obrigações para com os seus semelhantes e fala mal deles ou magoa seus sentimentos, no final também acabará descuidando em relação aos mandamentos entre o homem e D’us. Este é o motivo pelo qual a Torá acrescenta a admoestação para temer o Todo-Poderoso ao final do versículo.

Falhar em cuidar da primeira parte do versículo acarretará na falha em observar a última metade também.

Como o abuso no uso da fala pode causar muito sofrimento, um especial cuidado precisa ser tomado ao se conversar com as pessoas, para não dizer coisas que possam magoar seus sentimentos, e em especial com nossos pais. Quanto mais sensível uma pessoa é, maior o cuidado que devemos ter ao falar com ela, para evitar feri-la com nossas palavras. Não só é importante vigiarmos o que falamos, mas também o tom de voz é crucial. Se gritarmos ou falarmos num tom de voz raivoso, isto causará mágoas, o que também está incluído nesta proibição.

Toda vez que falamos com alguém, temos a opção de dizer coisas que o faça se sentir bem (o que é um ato de Héssed, bondade) ou podemos dizer algo que irá magoá-lo (violando esta proibição).

Utilizemos nosso poder de fala para construiras pessoas e não para afundá-las!

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