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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quarta-feira, 23 de julho de 2008

Bíblia mais antiga do mundo ganha versão para a internet

Escrito em grego antigo, documento é um dos maiores da Antigüidade

Deutsche Welle, em 22/07/2008 - Projeto da Universidade de Leipzig colocará na internet todas as 390 páginas conhecidas do Codex Sinaiticus. Projeto faz parte de uma parceria entre as instituições que abrigam o pergaminho.

A partir desta quinta-feira (24/07) o mais antigo manuscrito da Bíblia contará com uma versão para leitura on-line, informou esta semana a biblioteca da Universidade de Leipzig. O pergaminho, conhecido como Codex Sinaiticus, estará disponível no site www.codex-sinaiticus.net.

A princípio serão disponibilizados na internet apenas os trechos pertencentes à biblioteca da instituição e também algumas folhas que formam o Velho Testamento e que fazem parte do acervo da Biblioteca Britânica, situada em Londres. Até 2009 é previsto que todas as 390 páginas do documento – o Novo Testamento completo e metade do Velho Testamento – estejam dispostas na internet.

Um texto impresso e uma edição fac-símile também estão nos planos do projeto que envolve as quatro instituições que abrigam partes da Bíblia: a Universidade de Leipzig, a Biblioteca Britânica, a Biblioteca Nacional da Rússia, em São Petersburgo, e o Mosteiro de Santa Catarina, no Monte Sinai, Egito, local onde o documento foi encontrado.

O Codex Sinaiticus é datado da metade do século 4º e foi descoberto em 1844 pelo teólogo alemão Konstantin von Tischendorf num cesto de lixo do próprio mosteiro, pronto para ser queimado com outros papéis classificados como sem importância.

Tischendorf recebeu permissão dos monges para levar apenas 43 das 129 páginas a Leipzig. Mas, em 1859, com o patrocínio do imperador russo Alexandre 2º, retornou ao mosteiro em busca de outros fragmentos do pergaminho e convenceu os monges a presentear o imperador com as partes então encontradas.

Em 1933, 347 folhas foram vendidas pela então União Soviética ao Museu Britânico. E 42 anos depois, em 1975, durante um trabalho de restauração, monges acharam mais 38 fragmentos, ainda em posse do mosteiro. Cerca de 300 folhas contendo partes do Velho Testamento nunca foram encontradas.

Disposto em quatro colunas, o pergaminho foi escrito em grego antigo e é considerado um dos maiores da Antigüidade, com dimensões de 33,5 cm de largura por 37,5 cm de altura.

De acordo com o projeto, a versão digital do Codex Sinaiticus irá além da simples apresentação textual de seu conteúdo, escrito à mão, em letras maiúsculas, sem espaços entre as palavras ou ilustrações. O público terá a possibilidade de folhear as páginas de forma interativa, podendo, além de aumentar o tamanho das letras, conferir a versão em seu idioma original ou ler a tradução de trechos selecionados para o inglês e o alemão.

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