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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 17 de julho de 2008

Um momento perigoso: Jung e o nazismo

Um momento perigoso: Jung e o nazismo
Ulianov Reisdorfer
Dissertação de Mestrado em Ciência Política (UNICAMP)
Data da defesa:
06/08/2003.
Resumo: O envolvimento de Jung com o Nazismo na década de 30 é um tema que não encontra respostas definitivas. Numa tentativa de interpretação desta relação, no que diz respeito aos aspectos teóricos da psicologia junguiana, procuraremos analisar uma possível conexão teórica entre a psicologia analítica e a ideologia nazista. Para tal fim, analisaremos o que acreditamos ser uma dupla filiação filosófica dos aspectos da psicologia junguiana que se referem à relação entre indivíduo e sociedade: filiam-se por um lado aos filósofos românticos alemães, e por outro lado a Nietzsche. Cremos que uma análise desta relação nos fornecerá elementos suficientes para compararmos teoricamente Jung e a ideologia nazista. A relação orgânica entre indivíduo e comunidade presente na teoria psicológica de Jung (expressa em idéias como "participação mística", libido familiar e relação mente-corpo-terra) constitui-se em um traço romântico de seu pensamento; mas acreditamos que esta tendência, que poderia vinculá-lo, de certa forma, ao Nazismo, é contrabalançada por uma tendência ainda mais forte de diferenciação do indivíduo em relação ao todo social (seja família, nação, Estado, povo, etc.), a qual manifesta-se por meio de um processo de autodesenvolvimento e auto-educação denominado processo de individuação (e aqui Jung recebe influências de Nietzsche).

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