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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Manuscritos do Mar Morto são digitalizados: Polêmica deve aumentar depois que documentos de 2 mil anos chegarem à internet

O Globo, Ciência, Página 36, em 28/08/2008. Cientistas israelenses estão tirando fotografias digitais dos Manuscritos do Mar Morto com o propósito de que os documentos, de cerca de dois mil anos de idade, estejam disponíveis na internet. A Autoridade Israelense de Antigüidades, que tem sob custódia os textos que lançam luz sobre a vida dos judeus e dos primeiros cristãos, disse que serão necessários mais de dois anos para completar o projeto.

Os documentos — considerados alguns dos mais estudados e, ainda assim, controvertidos da História — foram encontrados em cavernas próximas ao Mar Morto, em 1947, por pastores beduínos e durante muitos anos só um reduzido número de estudiosos pôde vê-los. O acesso, entretanto, foi ampliado depois e os textos foram publicados na íntegra há sete anos. A chegada dos textos à internet poderá aumentar a polêmica, pois permitirá novas interpretações para pontos que hoje já são debatidos.

Usando câmaras de precisão e focos que não emitem calor, os cientistas israelenses puderam decifrar capítulos e caracteres invisíveis ao olho humano.

Os manuscritos são as cópias mais antigas da Bíblia em hebraico e incluem textos apócrifos que remontam do século III a.C. até o primeiro século da era cristã. Os especialistas fotografaram cerca de nove mil fragmentos.

No total há 900 rolos, com 15 mil fragmentos. Como estão partidos, os textos permitem mais de uma interpretação.

Parte dos manuscritos está em exposição permanente no Museu de Israel. A coleção completa só havia sido fotografada uma vez, nos anos 50, com a ajuda de infravermelho. As imagens reveladas estão acomodadas em salas com temperatura controlada porque mostram detalhes que foram perdidos dos originais. Essas antigas fotos também serão escaneadas dentro do novo projeto. Os cientistas esperam que a tecnologia ajude também a preservar os manuscritos ao detectar qualquer dano causado por umidade e calor.

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