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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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terça-feira, 10 de março de 2009

Assad vê acordo com Israel, mas questiona efeito prático

FSP (10/03/2009)


Assad vê acordo com Israel, mas questiona efeito prático


Ditador sírio, em distensão com os EUA, diz que um pacto limitado pode ser fechado em breve


Damasco quer devolução prévia de colinas de Golã e adverte que tratado só seria abrangente mediante saída para conflito com palestinos


ANNA FIFIELD

DO "FINANCIAL TIMES", EM BEIRUTE


O presidente da Síria, Bashar al Assad, sugeriu que pode assinar um acordo de paz com Israel mesmo sem que se chegue a uma resolução do conflito palestino. Mas avisou que qualquer acordo desse tipo será, em grande medida, simbólico. Assad está lançando um desafio ao próximo premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, ao deixar claro que um acordo de paz abrangente vai exigir concessões importantes por parte de Israel.


Mesmo assim, sua oferta é feita em meio a uma reaproximação condicional com os EUA, o maior aliado de Israel e que está ansioso por ver avançar um tratado de paz. "Oferecemos [a Israel] a opção entre uma paz abrangente e um acordo de paz que não terá valor real em campo", disse Assad ao jornal "Al Khaleej", dos Emirados Árabes Unidos. "Há uma diferença entre um acordo de paz e a paz propriamente dita. Um acordo de paz é uma folha de papel que se assina. Isso não significa comércio, relações normais, fronteiras ou qualquer outra coisa", afirmou o presidente, segundo o jornal.


Golã
O pai de Assad, o ex-presidente Hafez al Assad, sugeriu no passado que seria possível acordar a paz se Israel devolvesse à Síria as colinas de Golã, ocupadas em 1967. Mas o presidente sírio atual está sugerindo agora que as colinas de Golã teriam que ser devolvidas como condição prévia para um tratado abrangente, que não seria fechado sem uma resolução do conflito israelo-palestino. "Nossa população não vai aceitar isso, especialmente porque vivem em nosso país meio milhão de palestinos cuja situação continua sem ser resolvida. Nessas condições, é impossível ter paz no sentido natural do termo", disse Assad. Imediatamente antes de sua eleição, em fevereiro, Netanyahu prometeu que não devolveria as colinas de Golã à Síria.


Analistas disseram que as declarações de Assad ressaltam as dificuldades de negociar com Damasco, que muitos políticos nos EUA consideram ser um problema mais fácil de se resolver do que o conflito palestino.


"Assad está dizendo muito claramente que Israel terá que devolver Golã para ganhar uma paz fria, mas que não haverá mais do que uma paz fria se Israel não resolver a questão palestina", disse Andrew Tabler, especialista em Síria no Instituto Washington de Política do Oriente Médio.


"A questão com a Síria na realidade é muito complicada, porque não envolve apenas as colinas de Golã, mas também o distanciamento do Irã, e isso vai ser muito difícil", afirmou. Mesmo assim, a declaração do líder sírio é significativa porque assinala que Damasco se disporia a retomar as conversações de paz com Israel, apesar de a tensão persistir em Gaza.


A Síria vinha participando de conversações de paz indiretas com Israel, por intermédio da Turquia, mas elas foram suspensas quando Israel atacou a faixa de Gaza, no fim de 2008.


No fim de semana, Ancara se dispôs a retomar a mediação. Também no fim de semana, autoridades americanas mantiveram as conversações bilaterais de mais alto nível em quatro anos com seus colegas em Damasco, dizendo que "identificaram pontos em comum".



UOL Internacional / Mídia Global


Estadão (10/03/2009)


JB (10/03/2009)


G1 (10/03/2009)


Pletz


Gazeta do Povo (09/03/2009)


Iton Gadol (10/03/2009)


El Pais (10/03/2009)


Infomedio (10/03/2009)


Martin Kramer (10/03/2009)


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