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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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terça-feira, 16 de junho de 2009

Lula apoia Ahmadinejad: ´quem perde protesta`

Os artigos sobre Israel sempre atualizados você encontra aqui.


O Globo, Mundo, pág.24, em 16/06/2009.

O Globo, Mundo, pág.25, em 16/06/2009.



O Globo, Opinião, pág.7, em 16/06/2009.


Perigos de Obama


Luiz Garcia


Um presidente dos Estados Unidos, talvez mais do que outros, precisa estar o tempo todo tomando decisões drásticas e claras.


Ou preto ou vermelho, ou para baixo ou para cima. E poucos temas exigem a todo momento uma tomada de posição com a urgência e a importância do histórico nó górdio do Oriente Médio.


Em relação a Barack Obama, sua última postura favoreceu o lado palestino.


Outro dia, num discurso no Cairo — logo onde — o presidente americano pediu que Israel não estabelecesse comunidades em áreas reivindicadas pelos palestinos.


Por outro lado — e sempre há um outro lado — fontes da Casa Branca informaram, na mesma semana, que Obama insiste que as comunidades árabes mantenham sob controle as manifestações anti-Israel. Os dois apelos são formalmente sensatos.


Mas, com um pouco de realismo, não é difícil chegar à conclusão de que não passam de exercícios de retórica rasteira. No fim das contas, Washington manda ou pede por favor? Na verdade, o Oriente Médio não é — ninguém se ofenda, por favor — a América Central de décadas antigas. Houve tempo em que Washington orquestrava e regia revoluções e contrarrevoluções no seu quintal. Esse tempo acabou. Na região ao sul do Rio Grande e, devese supor, também nas margens do Canal de Suez.


É óbvio que, no Oriente Médio, Obama, como qualquer de seus antecessores e certamente seus sucessores, tem de pisar macio. Na campanha eleitoral, ele defendeu um debate aberto sobre o comportamento de Israel, e rejeitou, explicitamente, um apoio cego ao Likud, o partido israelense mais radical, ao qual pertence o primeiro-ministro Netanyahu. Uma atitude corajosa: políticos americanos em campanha eleitoral sempre buscaram os votos e os dólares da comunidade israelense.


Depois da posse, Obama tem mostrado que procura um meio termo.


E tem sido bastante criticado por isso. Não deixa de ser uma posição perigosa. Por não se mostrar um aliado incondicional de Tel Aviv, ele não apenas perde apoio na comunidade israelense. É verdade que sua pressão sobre o governo de Israel produziu, neste último fim de semana, um recuo de Israel na sua intransigência em relação aos palestinos. Mas, até mesmo por estar levando Israel a anunciar concessões, o presidente americano pode estar atraindo o ódio de todos os grupos radicais de direita. E de muito maluco solitário.


Malucos solitários e subitamente violentos não têm sido poucos na história recente dos Estados Unidos.



FSP online (16/06/2009)


Último Segundo (16/06/2009)


Stratfor (16/06/2009)


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16/06/2009


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