O Globo (04/12/2010): Para entender Hitler é preciso conhecer seu poder, diz biógrafo: Quando resolveu aprender alemão, em 1969, o historiador inglês Ian Kershaw estava convencido de que a língua seria muito útil em seus estudos sobre o campesinato medieval germânico. Em poucos anos, porém, seu recém-adquirido conhecimento das intrincadas declinações teutônicas seria aplicado a tópicos menos remotos. Ao juntar-se nos anos 1970 ao chamado Projeto Bavária, um grupo de pesquisas sobre a vida cotidiana na Alemanha de 1933 a 1945 liderado pelo historiador alemão Martin Broszat, Kershaw deixou para trás a formação de medievalista para dedicar-se aos acontecimentos mais dramáticos do século XX: o regime nazista, a Segunda Guerra, o Holocausto. Sua reputação como um dos mais brilhantes pesquisadores do Terceiro Reich começou a ser estabelecida com seu primeiro livro sobre o tema, um estudo de 1980 sobre o culto a Hitler, e tem seu ponto alto nas 2.122 páginas de sua biografia do ditador alemão. Publicada em dois volumes em 1998 e 2000, “Hitler” ganhou em 2008 uma versão condensada de mais de mil páginas, agora publicada aqui pela Companhia das Letras em tradução de Pedro Maia Soares. Por telefone, Kershaw conversou com O GLOBO sobre a obra.
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