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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 3 de setembro de 2011

A escalada do totalitarismo - e do horror

IHU (03/09/2011): A escalada do totalitarismo - e do horror: O recente lançamento no Brasil de uma série de livros sobre o nazismo mostra que o tema começa a ganhar um espaço inaudito por aqui. É certo que ainda faltam títulos fundamentais, como The Destruction of European Jews, de Raul Hillberg, e Hitler: A Study in Tyranny, de Alan Bullock, e a produção acadêmica brasileira sobre o assunto engatinha. Mas a barbárie nazista, que está longe de perder a atualidade ante a persistência do discurso totalitário, deixou também suas terríveis marcas no Brasil. O envolvimento do País na guerra, a questão dolorosa dos imigrantes judeus em fuga, o suposto antissemitismo do governo Vargas, o interesse dos nazistas pela Amazônia, tudo isso é objeto de pesquisas que põem o Brasil no mapa do Terceiro Reich. Para entender o complexo processo que engendrou o nazismo e o colapso da civilização por ele representado, o melhor começo é a trilogia do historiador britânico Richard Evans sobre a Alemanha de Hitler. O segundo dos três volumes, O Terceiro Reich no Poder, chega agora ao Brasil, pela Planeta. No primeiro, A Chegada do Terceiro Reich, também da Planeta, Evans descreve as raízes filosóficas, ideológicas e culturais do nazismo, além da destruição deliberada do regime democrático para satisfazer a elite conservadora alemã ante o espectro do comunismo. No segundo, Evans mostra como Hitler, uma vez vitorioso, reordenou o Estado e a sociedade alemãs de modo a "coordenar" todas as instâncias da vida nacional - todas funcionando "na direção do Führer", isto é, segundo aquilo que se supunha fosse seu "desejo". É a edificação do totalitarismo, tijolo a tijolo, sem que houvesse oposição significativa. "Ninguém percebeu o quão cruéis e determinados os nazistas eram até que ficou muito tarde", disse Evans nesta entrevista. A entrevista é de Marcos Guterman e publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, 03-09-2011. >>>> Eis a entrevista, clique aqui.

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