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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 1 de outubro de 2011

O holocausto na obra de Imre Kertész: uma linguagem violentada

O holocausto na obra de Imre Kertész: uma linguagem violentada

  • Flávia Coimbra Ferraz
  • Dissertação de mestrado em Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaica (USP)
  • Data da defesa: 17/02/2011.

Resumo: Esta dissertação propõe uma interpretação da trilogia do escritor húngaro, judeu e sobrevivente dos campos de concentração e extermínio nazistas, Imre Kertész, composta por Sem destino, O fiasco e Kadish Por uma criança não nascida. A trilogia traça um movimento que vai da afirmação à negação da linguagem literária, deixando transparecer a impossibilidade de transmissão da experiência do horror do Holocausto. A trilogia de Kertész desenvolve-se no entrelaçamento dos discursos da literatura, da memória e da história e constitui um conjunto de obras que busca insistentemente um meio de expressão do horror e da opressão absoluta. Mas a resistência da linguagem frente à experiência, faz com que a primeira se volte contra si mesma e tenda à aniquilação, ao desnudar sua condição impossível. Ao analisar as obras em conjunto, este trabalho procura mostrar que a trilogia de Kertész é propositiva, uma vez que ela busca uma linguagem própria que visa não apenas representar o horror, mas também trazê-lo para dentro da narrativa e repensar, a partir da linguagem, a permanência ou não do pensamento que produziu a barbárie.

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