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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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terça-feira, 3 de julho de 2012

Pio XII. O Yad Vashem muda a didascália controvertida


IHU (03/07/2012): Pio XII. O Yad Vashem muda a didascália controvertida: A didascália controvertida a respeito da foto de Pio XII no Yad Vashem, no novo museu dedicado ao Holocausto, inaugurado em 2005, está mudando. Foi o que antecipou o jornal israelense Haaretz, confirmado pela direção de Yad Vashem. A reportagem é de Andrea Tornielli, publicada no sítio Vatican Insider, 01-07-2012. A tradução é do Cepat. A nova versão da didascália suaviza um pouco a ponderação contida na versão anterior, levando-se em conta as descobertas históricas mais recentes, pelas quais se deduz a complexidade da figura do Papa Pacelli e do apoio que ofereceu, para tantas ações humanitárias, em favor dos judeus perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial. A primeira mudança aparece no título: se antes dizia “Pio XII e o Holocausto”, agora se lê: “O Vaticano e o Holocausto”. Entre as mudanças mais significativas está, sobretudo, a supressão de uma frase que dava para a concordata, entre a Santa Sé e a Alemanha de1933, o valor de reconhecimento do “regime nazista e racista”. Além disso, já não afirma que Pio XII, ao ter se tornado papa, em março de 1939, tenha deixado no esquecimento uma “carta contra o racismo e o antissemitismo preparada por seu predecessor”. É certo que Pacelli não tornou seu, o rascunho de seu predecessor, como é correto que esse texto (ainda cheio do tradicional antijudaísmo católico) poderia obter o efeito contrário ao desejado, tornando compreensível a decisão de Pio XII. Também a acusação de não ter protestado em público, que na primeira versão era muito mais clara, está mais ponderada. Acrescenta-se, com enorme sentido, a citação do fragmento da radiomensagem, de dezembro de 1942, pela qual o Papa falava do destino de “centenas de milhões de pessoas que, sem culpa alguma, às vezes por razões de nacionalidade ou de estirpe, foram destinadas à morte”. Tratava-se de uma clara referência aos campos de concentração, poucos meses depois de começar a terrível “solução final”, ordenada por Hitler; e a palavra “estirpe” era particularmente significativa e, obviamente, referia-se às perseguições raciais. O novo texto define como uma “falta moral” a decisão do Pontífice de não denunciar publicamente a deportação dos judeus e seu extermínio, mas agora o texto parece muito mais equilibrado, porque considera as posturas dos críticos que sustentam que, justamente graças a esta conduta, pôde-se realizar “um número considerável de atividades sigilosas de resgate, em diferentes níveis da Igreja”. >>> Leia mais, clique aqui.

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