Gustavo
Chacra (Estadão, em 15/11/2012): Israel
e Hamas rumam para conflito inútil em Gaza: Faz quatro anos que Israel lançou
uma ampla operação na Faixa de Gaza para tentar conter o lançamento de foguetes
do Hamas e outras organizações palestinas contra o sul do território israelense.
Depois de três semanas de bombardeios e invasão terrestre, cerca de 1.300
palestinos e 13 israelenses morreram. (...) Agora, o premiê de Israel, Benjamin
Netanyahu, cogita levar adiante uma nova ofensiva para conter o lançamento de
foguetes. Obviamente, é uma repetição do cenário da virada do ano de 2008 para
2009. O resultado tende a ser parecido, com o agravante de o Hamas ter alguns
foguetes com capacidade de atingir Tel Aviv e aumentar as baixas israelenses.
(...) Neste momento, os israelenses possuem problemas mais graves. Primeiro, a
guerra civil na Síria. Bashar al Assad e seu pai Hafez mantiveram a segurança
nas colinas do Golã por mais de 30 anos. Esta estabilidade acabou. O aliado rei
Abdullah da Jordânia corre o risco de cair em protestos pró-democracia. O Sinai
aos poucos se transforma em um oásis de militantes de organizações inspiradas
pela Al Qaeda. O Hezbollah, no Líbano, ainda é a mais poderosa milícia do
mundo. Para completar, há a questão iraniana. Já o Hamas demonstra mais uma vez
uma inabilidade total. Consegue, como sempre, deteriorar a imagem dos
palestinos. (...) A
Cisjordânia, com todos os seus problemas, evoluiu bastante ao longo dos últimos
quatro anos. Gaza regrediu na história. Se os palestinos quiserem ter um Estado,
devem se inspirar em Ramallah, não em Gaza. >>> Leia mais, clique aqui.
Veja mais:
- Estadão: ANÁLISE: Nas areias movediças do Oriente Médio
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