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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 22 de maio de 2008

Os 60 anos de Israel sob diversos olhares (Denise Wasserman)

Por Denise Wasserman


Em fevereiro deste ano (2008), a jornalista Mônica Waldvogel pegou uma carona com a equipe do programa Globo Repórter, da TV Globo, e foi a Israel fazer uma reportagem para o programa “Sem Fronteiras, da Globo News, cujo tema foi “Os 60 anos de Israel”.

Ao contrário do que foi visto no Globo Repórter, que mostrou o lado turístico e cultural de Israel, o “Sem Fronteiras” focou a sua reportagem no conflito e nas guerras vividas desde a criação do país, em 1948.

Entrevistamos a seguir, Monica Waldvogel e mais quatro brasileiros que vivem hoje em Israel e nos relataram como é o dia-a-dia naquele país.


Mônica Waldvogel

Qual foi a sua impressão sobre Israel?
- Não conhecia Israel e há muito tempo tinha o sonho de conhecer, pois este país faz parte da historia do Ocidente. Conhecer alguns lugares que freqüentaram a minha imaginação desde sempre foi emocionante, como Jerusalém e todo aquele território sagrado. Por outro lado, desde a criação de Israel ocorreram várias deflagrações e ninguém pode dizer que é indiferente ao que acontece no Oriente Médio. Conhecer pessoas de tão variadas posições sob os diversos aspectos foi muito emocionante. Fiquei 10 dias e acho que é muito pouco para um país tão complexo. Muito pouco para uma questão com tantas formas de abordagens e análises. Foi um aperitivo de temas que me interessam muito: política e religião.

Você foi indicada para fazer esse programa ou havia pautado essa reportagem por algum motivo?
-Soube que a equipe do Globo Repórter estava indo para lá, então me ofereci para ir com a mesma equipe e nos intervalos de gravação poderia fazer a minha matéria também, que para a Globo News tinha que ter uma abordagem mais política.

O tema da reportagem foi 60 anos de Israel, no entanto o programa só falou de guerras e conflitos Por que não foi mostrado, também, o lado dos avanços científicos e tecnológicos?
-.Porque quando você só tem meia-hora de programa precisa hierarquizar e ver qual dos temas é o mais importante. Cheguei lá com várias idéias e quanto mais conversava com as pessoas, mais percebia que o conflito estava no centro da vida delas. Não tem como escapar. Você pode dizer que a tecnologia de Israel é hoje uma das mais avançadas, que o PIB subiu, que a renda é isso ou aquilo, mas nada disso tem segurança se você não resolve a questão do conflito. Quando se conversa com os jovens e se pergunta quais são as expectativas deles, a resposta é sempre canalizada para os três anos que vão servir o exército. Se você conversa com uma professora, ela vai dizer que a família dela vive em sobressalto e não sabe se os filhos vão continuar em Israel ou emigrar. Então, diria que o conflito tomou conta da minha matéria.

Grande parte da comunidade judaica achou o programa tendencioso, uma vez que a maioria dos entrevistados fez duras críticas à política do governo israelense. Qual foi o critério na escolha dos entrevistados?
- Em primeiro lugar, contei com a Maria Thereza Pinheiro que dirigiu o Globo Repórter e é uma profunda conhecedora de Israel e da jornalista Renata Malkes, que mora em Israel há muitos anos e atua na área de política..Não concordo que o programa tenha sido tendencioso, pois conversei com pessoas da direita, da esquerda e um intelectual de centro que é professor da Universidade de Hebron. Conversei com religiosos dos assentamentos na Cisjordânia, com outros mais religiosos que moram em Hebron. Entrevistei um palestino que acompanha as negociações de paz e um jovem israelense que está organizando um movimento para reduzir o tempo do serviço no exército. Estive em Tel Aviv e entrevistei um artista que disse que lá “se vive um dia de cada vez, até que você é convocado para servir.” É impossível conversar com qualquer pessoa em Israel que não diga que o conflito esta no centro de suas vidas. Esse foi um sentimento que recolhi de todos os entrevistados Quando conversei com os judeus ortodoxos de Jerusalém é disso também que eles falaram. O conflito está na alma do Israelense, não importa a idade.

Com relação à narrativa dos fatos históricos, desde a criação do Estado de Israel até a passagem pelas diversas guerras, qual foi a sua fonte de pesquisa?
Nossa fonte de pesquisa foi o livro 1967 e ‘O Sétimo Milhão’ de Tom Segev, jornalista e cronista do diário “Haaretz,, sendo um dos intelectuais israelenses mais destacados na atualidade. Tom Segev diz que os israelenses pagam um preço altíssimo até hoje pela ocupação e que Israel mergulhou num mundo obscuro de barreiras e opressão militar.


Eliana Ellinger

“Morar em Israel era um sonho desde que vim pela primeira vez, em 1986. Há quatro anos, por motivo de força maior, fiz aliá. Desde então, moro no kibutz Hazorea. A vida no kibutz é tranqüila, cada um tem sua especialidade. Em todos há escolas, biblioteca, clínica médica, dentista, mercado, lavanderia, piscinas, refeitório, indústrias, agropecuária, piscicultura. Enfim, todos são amigos como uma grande família. Nas cidades, o movimento é intenso, mas também existem áreas sossegadas. Uma das coisas em comum entre os kibutzim e as cidades, é que os pais ao voltarem do trabalho, ao invés de sentarem para ler um jornal, levam seus filhos pequenos aos parques e brincam com eles.

O modo de vida nos kibutizm, do ponto de vista econômico-financeiro, não existe mais a ideologia intrínseca do socialismo puro, que prega que cada um produz o que pode, mas recebe de acordo com as suas necessidades. Hoje existe o salário diferenciado como no mundo capitalista, fazendo com que diferenças brotem. Porém, em muitos kibutzim, foi instituída o que se chama rede de segurança, a qual representa um salário que supra todas as necessidades do membro, ou seja, um salário mínimo melhorado.

A educação passou a ser familiar e não coletiva. Antes as crianças não dormiam com os pais, havia uma ´casa de crianças` onde ficavam. Agora residem integralmente com a família.

Os Kibutzim através de sua atualmente pregada partilha de bens, estão promovendo a distribuição de dividendos de acordo com a quantidade de anos vividos como membros ‘no Kibutz. E ainda mais, as casas estão sendo registradas no cartório em nome do membro que nela reside.

Em relação à vivência da família no período em que os jovens vão para o exército não há diferenças, a tensão é bastante considerável.

Tudo depende de onde o jovem presta o serviço militar. Sem dúvida, esta é uma fase extremamente tensa na vida de todas as pessoas envolvidas, seja o soldado ou sua família. Aqui se fala muito em viver o momento para não esquentar demais a cuca. A vivência é de muita preocupação e desgaste emocional até o último dia de prestação do serviço militar, até mesmo como reservista.

Por outro lado, a vida em Israel oferece uma diversidade de opções bastante ampla, para todas as idades e gêneros, desde simples turismo com palestras e até a experiência no exército de Israel.

Do ponto de vista cultural, como em outras áreas, Israel tem sido influenciada pelos imigrantes que aqui chegam.

As músicas gregas e brasileiras são bastante apreciadas por aqui, pelo seu calor e alegria.

No cinema, as guerras e o terrorismo ainda dão o tom na criatividade, mas sempre tentando alcançar o nível das produções americanas. Ultimamente têm sido feitas películas de ordem sócio-econômicas ressaltando os diversos grupos de imigrantes e seus contratempos na absorção dos mesmos.

Politicamente falando, tentamos incessantemente nos influenciar na democracia americana, de onde são tirados ou mesmo copiados formatos, inclusive contratando assessores de políticos americanos em nossas campanhas eleitorais. O embate ideológico entre esquerda e direita ainda deverá persistir por um bom tempo, mais ainda continuam sendo os ortodoxos o fiel da balança nos acordos de coalizões. Mudanças neste impasse não estão previstas para um futuro próximo.

Quanto à tecnologia, com toda a segurança, posso escrever que aqui são criadas inúmeras tecnologias de altissima qualidade, seja no campo militar ou civil. Há poucos dias lançamos mais um satélite de comunicação “AMOS 3”, que irá se juntar aos seus outros dois irmãos mais velhos na posição 4W e estará disponível a transmissões até para América do Norte. Foram desenvolvidos ultimamente aparatos extremamente avançados no campo da tomografia computadorizada. Não podemos nos esquecer que grande parte das descobertas feitas pela INTEL processadores são criadas em laboratórios sediados em Israel.

De modo geral, há uma parte religiosa que segue as tradições, mas não tão ortodoxamente. Yom Azikaron, Yom Ashoah são respeitados com um toque de silêncio em todo Israel e não com feriado escolar; em Pessach comemoram em conjunto apenas o primeiro Seder e as escolas fecham, como férias, dez dias antes e durante; as festividades em Israel são mais abertas: Purim, Yom Haatzmaut, Simcha Torah, são também comemoradas nas ruas com o povo dançando, cantando, um L’ Chaim entre todos.

Os 60 anos de Independência de nosso Israel foi emocionante, imperava alegria no país inteiro.

Família
O kibutz é minha residência fixa, mas quase a semana inteira vou para a casa de minhas netas e cuido delas. Shir ,13 anos e Maya, 10 anos, são muito estudiosas e “ligadas” no computador. Recebem uma orientação excelente, antes e após a perda da mãe, e com isso parece estar aprendendo como se deve seguir os caminhos da vida.

Raul, meu filho, é membro do kibutz. Está cursando doutorado em informátíca e trabalha nesta área. Minha nora, Einat, dá aulas de Feldencrais (ginástica especial). Eles me brindaram com três netos: Yuli, Romi e Talmi.

Yuli está servindo o exército, Romi estuda no Ensino Médio e Talmi, um menino travesso mas muito carinhoso.

Não tenho profissão aqui, me falta tempo e não falo hebraico. Mas, nos dias de folga, trabalho como voluntária no “Lilach” (ateliê de terapia ocupacional) para pessoas idosas residentes no kibutz.


Kiki Mayer

Fiz aliá com 19 anos, ou seja, há 21 anos. A Idéia de fazer aliá sempre me acompanhou e foi lógica para mim. Desde criança participei e cresci em uma casa sionista em que Israel e a cultura judaica eram o centro das atenções. Meus pais, como eu, foram ativistas no Habonim Dror . Meu pai fez machon le madrichim e eles chegaram a fazer aliá no fim dos anos 60, mas voltaram. A decisão, finalmente, de fazer aliá foi tomada quando participei da Classe Brasileira em Ayanot em 1983.

Desde 1986 resido em Kibutz.Meu primeiro Kibutz foi o Karmia, que pertence ao Hashomer Hatzair. É um kibutz que, por problemas econômicos e sociais, resolveu mudar o gerenciamento, privatizando os meios de produção e serviços. Não quero julgar o que é ou não é um Kibutz. Este sistema é hoje o sistema vigente na maioria dos kibutzim.

O Kibutz é uma sociedade viva, que sempre procura se adaptar às mudanças e sobreviver numa economia local e global muito difíceis.

Mesmo assim, a vida no kibutz é tranqüila e muito diferente da vida na cidade.

Em 1994, mudei para o Kibutz Yotvata que fica no extremo sul (perto de Eilat), Yotvata é um Kibutz tradicional que tem as marcas dos antigos kibutzim. Somos um dos poucos Kibutzim que não se privatizaram. Isto se pode sentir quando se vai ao refeitório e não se paga pelas refeições, nas festas feitas em conjunto, na educação coletiva (as crianças dormem em casa),nas vaadot (comissões) etc.

Experiência no exército
Cheguei a Israel com 19 anos e um ano e meio depois, me alistei. Servi por dois anos e meio. Meu serviço foi no Nachal e não posso dizer que foi uma época fácil. O treinamento básico é muito difícil e depois passei uma grande parte do serviço nos territórios ocupados na época da primeira Intifada (1988-1989). O exército cria um vivenciamento único com a sociedade israelense, grandes amizades e uma experiência única.

Não quero ser rude, mas na minha opinião é importante que os judeus da diáspora façam aliá. Israel não pode ser visto como uma apólice de seguros em que todo ano se paga para sua existência. O preço pago em Israel até hoje foi a vida de 22.000 pessoas que morreram em defesa de Israel ou em atentados. Depois de 2000 anos de Diáspora, Inquisição, Holocausto, finalmente os judeus têm uma pátria. Faço por via deste jornal um chamado geral: venham para Israel. Façam parte da história do povo judeu, da construção deste país votem e sejam eleitos.

Família
Sou casado com a Roni há 18 anos e temos três filhos Peleg, 15 anos , Sol,12 anos e Aviv, 9 anos . Meus filhos nasceram e estão crescendo no kibutz.

Minha esposa é responsável pelos jardins de infância do kibutz e eu, sou diretor do laboratório de qualidade na fábrica de laticínios do Yotvata.

Nós fabricamos o achocolatado mais famoso de Israel (choco Yotvata) que nos sustenta muito bem.

Israel é um país com muitos contrastes. Tel Aviv é uma cidade super moderna e o contraste com os beduínos no Negev ou os ortodoxos em Jerusalém é bem gritante. As diferenças culturais e financeiras também são muito sentidas hoje em dia. Acho que Israel se globalizou muito econômica e socialmente. Israel é o segundo país que mais produz patentes no mundo.

As exportações de Israel na área tecnológica são enormes. Quem não tem soja vende chip.Na área cultural e tecnológica a aliá russa deu um empurrão para frente. Foram criadas novas sinfônicas, novos teatros, cientistas, médicos e engenheiros deram um empurrão na economia também.


José Rozental

Viemos para Israel para ficar junto aos filhos em julho de 1993. Nesses 15 anos, Israel teve um desenvolvimento econômico, social e tecnológico muito elevado . É clássica a admiração e a surpresa dos que já vieram alguns anos ver as construções mais modernas e em grau crescente, assim como as estradas. Encanta aos olhos dos que chegam para turismo, pela primeira vez. Do ponto de vista cientifico e tecnológico nossas Universidades estão entre as 100 primeiras do mundo, o que é extraordinário. Com pesquisas cientificas e tecnológicas em todo campo social. Viver hoje em Israel é o maior barato, resumo numa única linha da musica Shalom laj Eretz, cantada por Yehoram Gaon - Ein Makon Cmo Eretz Israel - Não tem lugar como a Terra de Israel. Curtimos a vida aqui. Temos um grupinho de brasileiros que se reúne para um café, um cinema ou um jantar. Nosso sistema médico social nos protege e nos dá tranqüilidade. Somos um povo mobilizado 24 horas por dia, dispostos a tudo para nossa proteção e segurança. É muito importante que conheçam nossas passagens históricas não indo muito atrás, mas nos 60 anos de nossa independência. Sei que isso os deixará orgulhosos de nossa bravura, persistência e ao mesmo tempo procurando dividir com a humanidade nossas conquistas cientificas. Sou físico e engenheiro nuclear, me aposentei, mas ainda trabalho em consultoria participando em Congressos Nacionais, Israel e Brasil. Quanto à família, são seis filhos, três naturais e três integrados, os maridos das duas filhas e a nora. Oito netos, todos nascidos em Israel, mas com dupla cidadania, Israelense e Brasileira e falam português. Cerca de 20% dos israelenses têm nível superior. O país produz alguns dos mais respeitados produtos do mercado mundial, como componentes eletrônicos, avião, equipamento de comunicação eletrônica, equipamento para o controle e supervisão, maquinaria e equipamento, equipamentos eletrônicos e motores elétricos, equipamento de transporte etc. Israel, em relação ao Produto Doméstico Bruto e população é o país que mais investe em educação no mundo, mais do que Estados Unidos, Japão, Alemanha, Inglaterra e Canadá. Isso e’ impressionante! As nossas universidades estão entre as 100 primeiras do mundo, isso é a razão das nossas conquistas cientificas e tecnológicas. Sob aspectos culturais, temos tudo, teatro, museus, cinemas, etc Politicamente não discuto. Com pensamento próprio nossa família é favorável a um diálogo com os paises árabes, como houve com Egito e Jordânia, para que todos possamos viver com respeito, desenvolvimento e segurança .


Eliah Markus Fernaldes

Fiz aliá quando tinha 20 anos, em 1993. Moro aqui ha 15 anos. A aliá veio como processo natural, pois tive uma vida muito ativa na comunidade judaica em movimento juvenil, família super sionista, ativa e praticante.Temos em Israel uma ótima qualidade de vida se comparada a que vivi em São Paulo, onde não se pode sair com jóias, nem dirigir com janela aberta ou deixar a porta e o portão de casa abertos. Parquinhos públicos para as crianças nas ruas não existem em São Paulo. Crianças voltando sozinhas da escola primária parece utopia. Porém, tudo isso vivo aqui em Israel, no meu dia a dia, e me parece a coisa mais natural do mundo. No Brasil terminei o primeiro ano na faculdade de Pedagogia da USP e trabalhava num jardim de infância, além de fazer parte do movimento juvenil da comunidade Shalom - Chufsha. Em Israel, trabalho numa companhia que faz bandagens de emergências muito especiais e desenvolvo a parte de vendas no mercado latino-americano. Tenho 36 anos. Meu marido, Itzik, israeli de origem turco egípcia, com o qual sou casada ha um ano e meio, tem 34 anos e estuda Direito. Nossa filha Talia tem 10 meses e é a nossa maior ocupação. Israel é um lugar que vale a pena passar tudo e qualquer coisa por sua causa. Gosto do jeito que um se preocupa com o outro, gosto do número enorme de voluntários e ONGS. Atualmente tudo isso vem diminuindo, mas assim mesmo, não deixo de ver esses atos pequenos e tão fundamentais que ocorrem todos os dias e que me emocionam a cada vez. Sinto que aqui, tudo que faço tem muito mais sentido, as lutas perdidas e ganhas, são minhas lutas, da minha família, do meu povo, da minha nação, Na Diáspora não sentia ser parte do que ocorria no país, e aqui tudo me importa e faz parte de mim, me toca muito mais. Me dá vontade de seguir lutando pelos meus ideais. Me sinto muito mais parte de um todo.

No jantar de despedida que um grupo de amigos hebraicos nos ofereceu, ficou marcada em nossos corações a data do embarque da aliá – 29 de julho de 1994 e os beijos neste solo sagrado no dia 01 de agosto.

Três tempos de um processo iniciado pelos filhos Marcel e Dennis com a jovem esposa, Sheilinha Steinberg, em 1983 e 1990, respectivamente.

Israel teve um crescimento desproporcional comparado ao resto do mundo em indústrias de alta tecnologia.

E uma sociedade em enriquecimento nestes últimos 10 anos, trabalho árduo de uma geração altamente educada, mas que não conseguiu, ainda, travar o perigoso crescimento da pobreza; e sanar esta ferida que sabota a estrutura. Viver em Israel é usufruir as benesses dos serviços de saúde –Hupat Holim,planos de saúde e remédios subvencionados ; educação – preparação para a luta diária de seus cidadãos e segurança – a presença marcante das forcas de defesa do país .

O povo judeu sempre primou pelo estudo, pela difusão da ética , pela responsabilidade coletiva e hoje, mais do que nunca , o desenvolvimento da ciência em Israel em prol dos seres humanos.

Que os brasileiros judeus criem uma central de propaganda ,em termos profissionais, para atuar rapidamente, com objetividade em torno do crescente movimento anti-judeu, anti-Israel , sacudindo a verdade sobre nossos inimigos aos olhos dos cidadãos incautos e desprevenidos.

Fui um administrador de empresas atuando na área de vendas.

Sou, ainda , um imigrante que dificulta o entendimento do místico idioma hebraico e ai...usei o meu hobby preferido como segunda profissão: Marcenaria.

Foi assim que envelheci minhas raízes de Berditchever e tornei-me forte com o sangue dos Rymer ,encontrando neles a jovem Mathilde- minha companheira que trouxe ao mundo Sheila- depois Bleich, com seu esposo Arie, as filhas Liora , Keren e o varão Eliezer...

... que apoiou Marcel ,filho número dois , seguir seu lado místico e religioso , trazendo para nos a esposa Jacqueline Jacobs e Shai David, Amichai , Uri e Yonatan – nossos netos…

... que abriu nossos corações para Sheilinha Steinberg ,esposa do caçula Dennis , pais de Hannan Elimelech , Dan Yehuda , Tally Rivka e Guilad Yakov.

Conforme as últimas referências culturais somos os segundos no mundo em compras de livros novos.

As artes extrapolam nosso meio e conquistam outros paises. E a política atua na única Democracia do Oriente Médio.

Extraído de:
Nosso Jornal-Rio

Um comentário:

Mathilde disse...

Na terceira sequencia da entrevista faltou a apresentaçao do meu nome proprio.
Acredito ter sido um lapso na transcriçao da reportagem publicada no Nosso Jornal - Rio.
Shalom,
Adolfo Berditchevsky,
de Israel.