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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Israel x Gaza x Oriente Médio (221) .... Israel exige soldado de volta para reabrir fronteira

O Globo, Mundo, página 29, em 29/01/2009.


Israel exige soldado de volta para reabrir fronteira

Ehud Olmert impõe a condição ao enviado americano. Cessar-fogo volta a ser quebrado


Renata Malkes

Especial para O GLOBO


JERUSALÉM. O primeiro-ministro de Israel, Ehud Olmert, anunciou que o país só vai permitir a reabertura das fronteiras da Faixa de Gaza quando um acordo for alcançado para a libertação do soldado Gilad Shalit, sequestrado há mais de dois anos pelo Hamas. Na madrugada, a aviação israelense voltou a atacar três alvos na cidade de Rafah, no sul da Faixa de Gaza e, em resposta, um morteiro lançado pelo Hamas caiu no sul do país, em mais uma quebra de um já frágil acordo de cessar-fogo.


As declarações de Olmert foram feitas durante seu primeiro encontro com o novo enviado especial americano ao Oriente Médio, George Mitchell, e colocaram na berlinda a estreia diplomática da administração do presidente Barack Obama na região.


O grupo pacifista Paz Agora aproveitou ainda a visita de Mitchell para denunciar a expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia, que, segundo relatório publicado ontem, teriam crescido 60% mais rápido do que ano passado.


— Os postos de fronteira serão abertos apenas para passagem de ajuda humanitária à Faixa de Gaza. É preciso negociar a libertação de Gilad Shalit e a trégua será observada somente se houver a suspensão total do terror em Gaza, sejam foguetes ou morteiros. E o segundo parâmetro é o fim do contrabando de armas — declarou Olmert.


Mitchell chegou a Jerusalém após uma visita ao Cairo, onde se encontrou com o presidente egípcio, Hosni Mubarak. Fontes ligadas à Casa Branca afirmam que o objetivo desta primeira visita é apenas ouvir os lados envolvidos no conflito e receber informações atualizadas sobre as negociações entre israelenses, palestinos e egípcios. Mitchell reuniu-se também com o presidente de Israel, Shimon Peres, e o ministro da Defesa, Ehud Barak, e reiterou que a manutenção do cessar-fogo é “crucial” e que os EUA estão “determinados a trabalhar vigorosamente” pela paz na região. Hoje ele vai à Cisjordânia, para ouvir o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, e o premier, Salam Fayyad.


Apesar de muita diplomacia, os resultados práticos da visita ainda não estão no horizonte.


Para analistas, a visita de Mitchell pode ter uma influência decisiva na visão do mundo árabe sobre a nova política externa de Barack Obama.


— É uma visita de cortesia e prova disso foi a primeira entrevista de Obama à rede Al-Arabiya, numa tentativa de acalmar o mundo árabe. Todos os lados envolvidos estão ansiosos para levar as palavras à ação e decifrar os planos da administração americana, mas é cedo. Mitchell está num campo minado, os ânimos ainda estão quentes, e pouco se pode esperar — disse ao GLOBO o analista Ohad Hemo.


Israel anuncia expulsão do embaixador venezuelano Além da instabilidade na Faixa de Gaza, o grupo pacifista Paz Agora alertou sobre outro ponto nevrálgico aos negociadores americanos: o crescimento de 60% de assentamentos judeus na Cisjordânia em 2008.


No campo diplomático, Israel expulsou ontem o embaixador e todo o corpo diplomático da Venezuela. A medida é uma reação ao anúncio do presidente Hugo Chávez de cortar as relações com Jerusalém em protesto à ofensiva em Gaza.



O Globo online (29/01/2009)


El Pais (29/01/2009)


La Vanguardia (29/01/2009)


Israel Politik (29/01/2009)


Ynet (29/01/2009)


Jpost (29/01/2009)


Veja mais:

29/01/2009


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