Susan Lewis.
Tese de doutorado em História (UFPE).
Data da defesa: 18/02/2005.
Resumo: Em Pernambuco, Agamenon Magalhães assumia a interventoria durante o Estado Novo e uma série de idéias e práticas que ocorriam no âmbito federal foram legitimadas emseu governo. O regime, que nascera sob o signo do nacionalismo e do autoritarismo, restringia os espaços de atuação dos grupos que não se adequavam aos seus ideais e muitos foram por ele considerados indesejáveis ou perigosos. Entre estes encontravam-se os judeus, em relação aos quais o anti-semitismo presente na sociedade adquiria cores mais fortes no momento em que fugiam do nazi-fascismo; e estavam, também, os estrangeiros membros dos países do Eixo, principalmente os alemães, que preservavam sua cultura e mantinham forte ligação com o país de origem. Durante a Segunda Guerra Mundial, com o país lutando contra as potências do Eixo, eles seriam considerados um perigo para a soberania interna do Brasil. Em Pernambuco são observadas as duas questões: o momento em que os judeus eram apresentados como indesejáveis e a vigilância e repressão que se seguiram posteriormente sobre os estrangeiros provenientes dos países do Eixo, principalmente os alemães, que eram maioria no Estado.
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