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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 2 de janeiro de 2010

Giora Becher: Querem a paz? E ainda: o Egito faz muro subterrâneo na divisa de Gaza


Os artigos sobre Estudos Judaicos e Israel sempre atualizados você encontra aqui.



Destaque 1

  • Biblica - O Atlas da Bíblia: uma viagem histórica e social pelas Terras Bíblicas: Este atlas bíblico busca situar as pessoas e eventos em seu contexto histórico, geográfico, cultural e social, elaborado por uma equipe de escritores, acadêmicos e estudiosos da Bíblia. Contém informações sobre as características físicas da região e mostra as descobertas arqueológicas e pesquisas teológicas. Com diversas imagens coloridas, incluindo fotos, pinturas, desenhos, gravuras e esculturas.


Destaque 2


O Globo (02/01/2010)


Opinião, pág.7


Querem a paz?

GIORA BECHER


O compromisso com a paz tem sido o objetivo central dos governos de Israel desde a criação de nosso Estado, em 1948. Se por um lado os esforços resultaram na conclusão de acordos com o Egito e a Jordânia, por outro as tentativas de paz com os vizinhos palestinos têm sido repetidamente rechaçadas.


Em discurso na Universidade BarIlan, em junho de 2009, o primeiro-ministro Netanyahu declarou claramente sua aceitação de um estado-nação palestino em paz e segurança. Líderes dos EUA e da Europa elogiaram. Infelizmente, o discurso de Netanyahu foi rejeitado pelos palestinos.


Na 6aconferência do Fatah, resolveuse “adotar todas as formas legítimas de luta” contra Israel, além de “ser criativo ao buscar novas maneiras de luta e resistência”.


Apesar disso, Netanyahu tem reiterado o chamado à paz com os palestinos.


O governo de Israel reconhece que o chamado do Estado palestino à paz é necessário, mas não é o suficiente, e implementou medidas mais abrangentes para melhorar o clima político e para o avanço da reconciliação. Os passos tomados por Israel incluem medidas para aumentar a liberdade de movimento dentro da Cisjordânia e entre a Cisjordânia e Israel, como a remoção de postos de controle e barreiras, cooperação de perto com a Autoridade Palestina na construção da capacidade das forças de segurança civis palestinas e na melhoria da coordenação entre Israel e os serviços de segurança palestinos.


Estas medidas contribuíram com as estatísticas impressionantes e encorajadoras do Banco Mundial, que mostram um aumento de 8% de crescimento anual na economia da Cisjordânia.


Apesar de a vida na Cisjordânia ter melhorado significativamente, como resultado desses esforços israelenses, os líderes palestinos continuam com uma campanha internacional para tirar a legitimidade de Israel, prejudicar sua economia e minar sua habilidade para se defender. Na citada conferência do Fatah foi adotada uma plataforma conclamando “o boicote de todos os produtos e instituições israelenses dentro dos territórios e no exterior”.


Em novembro de 2009, o governo israelense anunciou uma moratória, sem precedentes, de dez meses, na construção de um conjunto habitacional na Cisjordânia, que Netanyahu considerou um passo “objetivando encorajar o retorno das conversações de paz” e “uma oportunidade” no caminho da paz.


Infelizmente, o porta-voz palestino rejeitou a moratória. Já demonstramos, com palavras e ações, nosso comprometimento para avançar com a paz e estamos dispostos a fazer as concessões necessárias. A rejeição às iniciativas, e a recusa de negociar, deixa Israel pensando se de fato seus vizinhos estão comprometidos com a paz.


GIORA BECHER é embaixador de Israel no Brasil.



FSP (02/01/2010)



Egito faz muro subterrâneo na divisa de Gaza


Projetada por engenheiros do Exército dos EUA, construção prevê barreira de aço reforçado resistente a explosões


Inicialmente negado pelo governo egípcio, plano visa coibir fluxo pelos túneis para o território palestino controlado pelo Hamas


MARCELO NINIO

ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO


Depois de inicialmente negar o projeto, temendo reações adversas do mundo árabe, o Egito confirmou que está construindo uma muralha subterrânea na fronteira com a faixa de Gaza para interromper o contrabando que escoa pelos inúmeros túneis que abastecem o isolado território palestino.


Um ano após a ofensiva israelense contra o grupo extremista Hamas em Gaza, a iniciativa expõe um dos principais dilemas que encurralam o governo egípcio. De um lado, o compromisso de solidariedade com os palestinos; de outro, a preocupação com a segurança na fronteira e a pressão americana para asfixiar o Hamas.


Cercada de sigilo, a construção prevê uma barreira subterrânea de aço reforçado para resistir a explosões. A imprensa especula que ela pode chegar a 20 metros de profundidade, cobrindo toda a extensão da fronteira egípcia com Gaza, sob uma superfície de 14 km.


Projetada pelo corpo de engenharia do Exército americano, segundo a rede BBC, a barreira de aço incluiria um sistema de canos com água destinados a inundar os túneis ilegais.


Assim que o projeto foi revelado, os líderes do Hamas reagiram com indignação e ameaças. Sob bloqueio israelense desde que passou a controlar Gaza, há três anos, o grupo islâmico transformou a rede de túneis na divisa com o Egito em canal vital de ligação econômica e sua principal fonte de renda.


Antes dos ataques israelenses, havia algo entre 1.500 e 3.000 dessas passagens, compondo uma indústria tão lucrativa que o Hamas estuda criar um Ministério dos Túneis, para regular as exportações ilegais e a cobrar impostos.


Após a ofensiva de Israel, que destruiu boa parte deles, o número de túneis caiu para menos de 200. Mesmo assim, continuaram a ser o único elo de Gaza com o comércio exterior.


De combustíveis a carros, passando por todo tipo de maquinário, bens de consumo e, de acordo com Israel, armas e drogas, é através dos túneis que o Hamas abastece a população com produtos que não chegam por meio da ajuda humanitária e respira economicamente.


Num discurso que marcou o início dos ataques israelenses, no último domingo, um dos principais líderes do Hamas em Gaza, Ismail Haniyeh, fez um apelo dramático ao presidente egípcio, Hosni Mubarak, para que desistisse de construir a muralha subterrânea.


"Não estamos ameaçando a segurança do Egito, nem interferindo nos assuntos do Egito, mas fomos forçados a usar os túneis como opção excepcional", disse Haniyeh, que ocupava o cargo de primeiro-ministro antes da cisão entre Hamas e o Fatah, as duas principais facções palestinas, em 2007.


Para o Egito, no entanto, que foi criticado por países árabes durante os ataques israelenses por manter a sua fronteira com Gaza fechada, voltando a atrair as eternas acusações de cumplicidade com Israel, os túneis são uma ameaça à segurança.


"O problema não é apenas o contrabando, algo que país nenhum tolera, e o que entra em Gaza", disse à Folha um membro do governo egípcio, pedindo que não fosse identificado. "É também o que e quem sai". Ele lembra casos nos últimos anos de militantes do Hamas que escaparam pelos túneis para a península do Sinai.


Mas a asfixia do fluxo comercial subterrâneo também terá consequências econômicas negativas do lado egípcio. De acordo com um cálculo feito pelo jornal egípcio "Al-Youm al-Sabe", a indústria dos túneis já gerou quase US$ 1 bilhão para os residentes na região da fronteira, a maioria beduínos, envolvidos direta ou indiretamente no contrabando.


Uma hipótese estudada pelo Cairo para aliviar esse impacto seria a abertura de sua fronteira com Gaza para passagem de pessoas e mercadorias, algo a que o governo Mubarak tem resistido devido às suas divergências com o Hamas.


A saída econômica, portanto, depende de uma solução para o dilema político. "O Egito caminha numa corda bamba entre seu compromisso com os árabes e a causa palestina e a responsabilidade de manter a segurança internacional", diz Gamal Soltan, analista político do Centro Al-Ahram, no Cairo.



Projeto é parte do jogo de pressão ao Hamas


DO ENVIADO AO CAIRO


Na visita oficial ao Cairo no último domingo, o chanceler brasileiro, Celso Amorim, ouviu uma análise pessimista das chances de reconciliação interpalestina de um dos homens fortes do regime egípcio, o general Omar Suleiman.


"Há uma luz no fim do túnel, mas ela é muito pequena", disse Suleiman ao ministro, segundo relato obtido pela Folha de uma fonte diplomática que acompanhou o encontro.


Suleiman, chefe da inteligência egípcia, é o responsável pela árdua e até agora infrutífera tentativa de reconciliação entre Fatah e Hamas, as duas principais facções palestinas, que chegaram a travar uma miniguerra civil em 2007.


Para alguns analistas, a muralha subterrânea que começou a ser construída na fronteira com Gaza sinaliza a decisão do presidente egípcio, Hosni Mubarak, de substituir a retórica usada sem sucesso para pressionar o Hamas por uma ameaça a sua principal fonte de oxigênio econômico.


Sem os túneis, o grupo islâmico perderá sua maior fonte de renda e um dos principais meios de que dispõe para manter sob controle a empobrecida população de 1,5 milhão de pessoas da faixa de Gaza. É, contudo, uma jogada arriscada. Aumentar a asfixia econômica de Gaza pode reforçar animosidades que existem na região contra o Egito desde que ele se tornou o primeiro país árabe a assinar um acordo de paz com Israel, em 1979.


Uma muralha, mesmo que subterrânea, torna-se com facilidade símbolo de opressão e pode ser associada ao muro construído por Israel na Cisjordânia com o objetivo de impedir infiltrações terroristas.


Em comícios do Hamas nos últimos dias em Gaza, a construção egípcia foi chamada de "muro da morte", lembrando expressões semelhantes usadas nos últimos anos para descrever a barreira israelense.


Para o Egito, a reconciliação interpalestina é um interesse vital, que daria chance ao surgimento de um governo moderado na faixa de Gaza, trazendo de volta o secular Fatah.


O antagonismo do governo Mubarak com o Hamas tem raízes locais: o grupo foi criado sob a inspiração da Irmandade Muçulmana, o mais antigo grupo islâmico do Egito e, mesmo na ilegalidade, a maior força de oposição do país.


E as rusgas da relação entre egípcios e palestinos está nas ruas. "Os palestinos são como irmãos mal-agradecidos", diz o comerciante Nheda, no bazar de Khan el-Khalili. "Nunca estão satisfeitos". (MN)



FSP online (02/01/2010)


Estadão (02/01/2010)


JB (02/01/2010)


ZH (02/01/2010)


GP (02/01/2010)


Paraná online (02/01/2010)


Terra (02/01/2010)


G1 (02/01/2010)


Aurora Digital (02/01/2010)


Zenit (01/01/2010)


Deutsche Welle (01/01/2010)


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