Publishnews (18/02/2010)
- Ativa e convicta, mesmo na sombra: Nova biografia contesta crença de que Eva Braun mantinha relação platônica com ditador nazista e não se envolvia com política. Eva Braun, com quem Adolf Hitler se casou 40 horas antes do suicídio de ambos, no dia 30 de abril de 1945, não foi a mulher desinteressada politicamente que tem sido mostrada nas mais importantes biografias do ditador. Segundo a primeira biografia acadêmica de Eva (Eva Braun - Leben mit Hitler, C.H. Beck, 366 pp., 24,95 euros), escrita pela historiadora berlinense Heike Görtermaker, ela teve uma participação ativa ao lado de Hitler, embora fosse 23 anos mais jovem. Outro tabu derrubado pela obra, recém-publicada pela editora C. H. Beck, foi o de que a relação entre os dois teria sido apenas platônica. “Foi uma relação inteiramente normal”, afirma a autora, que baseou sua pesquisa em cartas escritas por Eva a parentes e amigas, em fragmentos de um diário e em comentários deixados por contemporâneos da companheira de Hitler. Em biografias do ditador, como a escrita pelo historiador alemão Joachim Fest, ou a do britânico Ian Kershaw, Hitler é visto como um homem apaixonado apenas pela Alemanha e sem qualquer libido. Ele mesmo teria contribuído para essa imagem ao dizer, certa vez, que a Alemanha era a sua noiva.
- Alemanha discute publicação de Mein kampf: Proibida no país, obra de Hitler entra em domínio público em 2015. Publicar na Alemanha Minha luta (Mein kampf), as infames memórias de Adolf Hitler? A ideia soa como o maior de todos os tabus, mas um grupo de historiadores alemães está pressionando os políticos do país a fazer justamente isso. Eles argumentam que é importante haver uma edição anotada da obra nas livrarias até 2015, quando ela entrará em domínio público, abrindo caminho para que grupos neonazistas publiquem suas próprias versões. O livro está banido da Alemanha desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Desde então, o governo da Bavária detém os direitos autorais da obra, e jamais permitiu que ela fosse editada. Mas pesquisadores do Instituto de História Contemporânea de Munique propuseram a elaboração de uma edição crítica do livro, criando uma divergência dentro do governo bávaro. A secretaria da Fazenda, a quem cabe a administração dos direitos autorais, rejeitou a proposta, mas o secretário de Ciência se manifestou a favor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário