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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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segunda-feira, 29 de março de 2010

Apelo do Papa pela paz em Jerusalém

Os artigos sobre Estudos Judaicos e Israel sempre atualizados você encontra aqui.



Destaque 1


Destaque 2


O Globo (29/03/2010)


FSP (29/03/2010)

  • Jaime Pinsky: O sentido universal da Páscoa judaica: O CALENDÁRIO registra nesta semana a Páscoa dos judeus e a dos cristãos. Ambas as comemorações tiveram a mesma origem, afastaram-se e negaram-se ao longo da história e tendem a aproximar-se novamente. O reconhecimento da origem judaica de Jesus, agora um fato religioso indiscutível, diminuiu bastante o número daqueles que apregoavam distância e até hostilidade entre os seguidores das duas religiões. Resquícios da Idade Média (quando se pregava, em púlpitos de igrejas, massacres contra os judeus pelo fato de estes, supostamente, beberem sangue de garotos católicos em suas ceias de Pessach, a páscoa judaica) fazem parte de um passado que quase ninguém quer reviver. Até a velha malhação do Judas, como metáfora do judeu supostamente traidor, mudou o seu caráter. Agora os Judas de sábado de aleluia são traidores mais reais, facilmente encontráveis no mundo político. Os judeus fazem hoje à noite uma ceia de Pessach, e tradicionalmente se diz que ela registra "a saída dos judeus do Egito", comandados por Moisés, há uns 35 séculos. Entretanto, não foram encontradas evidências da ida ou mesmo da presença do povo hebreu no Egito, nesse período, mesmo porque ainda não havia um povo hebreu. É difícil, portanto, falar de sua saída. Com certeza poderíamos considerar a travessia (do Egito para a Terra Prometida, da escravidão para a liberdade) um mito de criação, desses que todos os povos, nações, religiões e etnias têm. Claro que havia um grande movimento de povos do deserto atrás do grande oásis que era o Egito, irrigado e fertilizado pelo Nilo. Por vezes eles se integravam e se diluíam entre a população egípcia, por vezes eram expulsos quando seu trabalho não mais era necessário, como ocorre com imigrantes de países pobres em nações mais desenvolvidas. Esses povos devem ter aprendido muito com a civilização egípcia, da qual levaram cultura material e simbólica para outros lugares, como a então terra de Canaã. Algumas tribos com esse histórico desenvolveram língua própria, cultura específica e unificaram-se em um reino, lá pelo ano 1000 a.C., sob o comando de Saul, Davi e Salomão, este poderoso o suficiente para construir o Templo de Jerusalém. Desmandos do poder e injustiças sociais enfraqueceram as monarquias (que haviam se dividido em Israel e Judá) e propiciaram o surgimento dos chamados profetas sociais -Amós e Isaías, entre outros-, que inovaram pregando o monoteísmo ético, conjunto de valores que passaram a fazer parte do patrimônio cultural da humanidade e se encontram na própria base do judaísmo (assim como do cristianismo). Aí voltamos para o Pessach e nos perguntamos por que essa é uma comemoração milenar. Alguns responderão com o judaísmo institucional, que lamenta até hoje a destruição do Templo de Jerusalém e do poder monárquico, do qual os sacerdotes eram uma espécie de funcionário religioso. Outros acenam com o judaísmo dos escribas, a letra da lei e dos seus intérpretes, que exigem rituais imutáveis. Quem não os seguir literalmente vai "acertar suas contas com Deus nesta ou em outra vida". Esse tipo de judaísmo considera razoável uma dicotomia entre a vida cotidiana e o ritual religioso, bastando seguir este com propriedade para que os pecados, eventualmente ocorridos naquela, sejam absolvidos sem maiores problemas. E os rabis milagreiros, além dos místicos sábios, estariam aí para nos explicar "a" verdade. O problema é que a intermediação entre o judeu e seu Deus é a negação da essência do judaísmo (o monoteísmo ético), que busca igualar todos os homens e os estimula a ler e compreender o que leram, exatamente para ter acesso à palavra divina. Entre o templo e os escribas, fico com os profetas. Um povo é um grupo com a consciência de um passado comum. Não é fundamental que o passado comum tenha realmente existido, basta a consciência da existência dele: ao escolher a herança judaica, cada indivíduo passa a ser depositário de um universo de valores. Não interessa se há 3.000 anos seus ancestrais já eram judeus, não importa se ele é descendente de cázaros judaizados durante a Idade Média ou de ucranianos convertidos após 1648. Não vem ao caso se optou por seu judaísmo há um ano ou uma semana. O importante não é a origem étnica, nem a lamentação pelo templo destruído e muito menos a prática de rituais mecanicamente executados. A grande travessia, aquela que marcou a humanidade, foi a de um mundo aético para um mundo ético, de um olhar para si mesmo para um olhar para o outro, de uma existência solitária para uma existência solidária. Sim, Pessach é uma travessia. Que só tem sentido se for feita na companhia de todos os irmãos de raça, a raça humana.
  • Aliados pressionam premiê de Israel
  • De surpresa, Obama faz a sua 1ª visita no cargo ao Afeganistão


FSP online (29/03/2010)


Estadão (29/03/2010)


JB (29/03/2010)


ZH (29/03/2010)

  • Obama: No palco da guerra sem fim (página 23)
  • Jerusalém: Páscoas sob tensão (página 25): Como se sabe, ontem foi Domingo de Ramos, quando se lembra a entrada de Jesus Cristo em Jerusalém, que seria seguida de sua crucificação e ressurreição, quase 2 mil anos atrás. Em 2010, a data coincide com a Páscoa dos judeus, que começa ao anoitecer de hoje e comemora a libertação do Egito e a fuga pelo deserto, há mais de 3 mil anos. As passagens de fronteira entre Israel e a Cisjordânia estão fechadas. No Oriente Médio, religião, como já observei, é coisa muito séria. E na cidade que o rei David escolheu para sua capital encontram-se lugares sagrados do judaísmo, do cristianismo e do Islã. Os dias santos tendem a ser explorados por elementos mais radicais. As tensões são elevadas. Há tranquilidade vigiada. Todas as precauções possíveis foram adotadas. Também contribuiu para o acirramento das tensões a reunião dos 22 países-membros da Liga Árabe, com muita retórica anti-israelense. Daí a sensação de que se anda em terreno inseguro, onde um passo errado pode ter consequências não desejadas.


Terra (29/03/2010)


G1 (29/03/2010)


Último Segundo (29/03/2010)


IHU (29/03/2010)

  • Espiritualidade na Internet: o surgimento de uma nova religião? Entrevista especial com Pedro Gilberto Gomes: Na opinião do professor e pesquisador do PPG em Comunicação da Unisinos, Pedro Gilberto Gomes, as instituições religiosas ainda vêem a Internet como um “dispositivo tecnológico”. A partir do uso da Internet, explica, se cria um ambiente de midiatização, ou seja, uma espécie de “caldo cultural onde as coisas interagem”, surge um “novo patamar baseado numa lógica de inter-relação”. Nesta nova ambiência, acrescenta, “as instituições podem estabelecer novos tipos de relações” ao invés de utilizar a rede apenas como um meio para divulgar sua mensagem. Com base nisso, ele lança o questionamento: “Como as Igrejas, dentro desse ambiente, desse mundo interconectado, podem trabalhar no estabelecimento de vivência, de espiritualidade, de religião?” Ao utilizarem a Internet apenas como um meio para alcançar mais fiéis, muitas instituições não estão refletindo sobre que espiritualidade está sendo gerada a partir desse processo. Na avaliação do pesquisador, “o simples fato da pessoa se relacionar via portal já está criando uma forma de espiritualidade ou uma forma de ver religião diferente. Isso é o que deve ser questionado. Esses são os desafios e perspectivas”. O uso da Internet desacompanhado de uma reflexão mais profunda pode trazer alguns riscos e gerar efeitos desconhecidos ou indesejados. “O desejo de incentivar a solidariedade, as pessoas a rezarem, pode, ao invés disso, fazer com que elas formem um Deus a sua imagem e semelhança, pode incentivar o individualismo, as pessoas podem fazer a sua própria religião”, conclui. Pedro Gilberto Gomes, padre jesuíta, irá ampliar este debate no IHU ideias do dia 8-4-2010, onde discute Espiritualidade via Internet: desafios e perspectivas. O encontro acontece na sala Ignacio Ellacuría, no IHU, às 17h30min. Pedro Gilberto Gomes é graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul - PUCRS, e especialista em Teologia pela Universidade Católica de Santiago, no Chile. Mestre e doutor em Comunicação pela Universidade de São Paulo - USP. Entre suas obras, destacamos Filosofia e ética da comunicação na midiatização da sociedade (São Leopoldo: Editora Unisinos, 2006), Comunicação e governabilidade na América Latina (São Leopoldo: Editora Unisinos, 2008) e Midiatização e processos sociais na América Latina (São Paulo: Paulus, 2008). Confira a entrevista.


Aurora Digital (29/03/2010)


Zenit (28/03/2010)


Deutsche Welle (28/03/2010)


BBC Brasil (28/03/2010)


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