Revista Território, ano III, 1998 - 146.164.23.131
Pedro P. Geiger
A vivência histórica do espaço pela judeidade apresenta aspectos relevantes para o estudo da relação sociedade/espaço e homem/espaço. Tem sido, no entanto, relativamente negligenciada pela Geografia. Não se trata apenas do fato que a judeidade, singularmente, oscilou entre longos períodos vividos apenas em diáspora e outros, durante os quais dispunha também de uma soberania territorial. Como mostra PIVETEAU (1993:33), através da Bíblia, há cerca de 2.500 anos a judeidade registra uma visão da relação homem/espaço, a qual expressa também a tensão mundo/lugar, quando concebe o Único, "incomensurável, propondo uma relação privativa, íntima a cada homem". Através da relação Deus, Homem (Abram, Abraam), Terra (a "Terra Prometida") a judeidade procurou a identidade própria, diferenciada, projetando-se ao mesmo tempo na incomensurabilidade e incomparabilidade, criadoras de suas idiossincrasias. Diante da tensão percebida, continua o autor, difícil de ser resolvida ou abandonada, ajudeidade passou a reviver repetidamente esta tensão, através de territorializações e desterritorializações, e que faz dos judeus, mais do qualquer outro povo, um povo de memória. >>> Leia mais, clique aqui.
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