A literatura desgarrada de Franz Kafka
Autor: Thiago Blumenthal
Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH)/USP
Área de concentração: Língua Hebraica, Literatura e Cultura Judaicas
Dissertação de Mestrado
Defesa: 27/11/2007.
Resumo original: Procura-se detectar neste trabalho um modus operandi próprio de Franz Kafka (1883 - 1924) que permita justificá-lo dentro desta perspectiva que se adota como norte: uma literatura que se desgarra constantemente em seus desdobramentos internos, a saber, uma literatura ameaçada em sua própria lógica estrutural, na maneira como o narrador coloca em perigo sua matéria narrada. Mais do que isso, como a narração entra em colisão com seu criador, aquele que a narra, e como tal processo dá origem a uma porção de desdobramentos dentro ainda da mesma matéria ficcional, o que acaba por guiar o leitor, meio que às avessas, não a uma saída do dilema kafkiano, mas a um novo labirinto que lhe fornece um respiro de sobrevivência. O desgarre é sugerido na maneira como o narrador se desprende do narrado e abandona o leitor em múltiplos e novos becos sem saída - que bastam. Como a fortuna crítica de Kafka é bastante diversificada, a atitude adotada é a de traçar um histórico recortado da imensa bibliografia kafkiana e então filtrála de modo coerente e produtivo.
Palavras-chave: Franz Kafka – Modernidade - Teoria da Literatura.
Palavras-chave: Franz Kafka – Modernidade - Teoria da Literatura.
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