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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 28 de maio de 2009

Al Qaeda no Brasil - No papel de cada um

Reinaldo Azevedo (28/05/2009)


FSP (28/05/2009)


Um fator determinante das reações embaraçadas à prisão feita pela PF é a continuidade indeclarada das investigações


O EMPENHO DO governo em isolar o Brasil das preocupações externas, sobretudo as dos Estados Unidos, com possíveis áreas de infiltração de grupos terroristas é um dos fatores determinantes, talvez o principal, das reações dúbias e controvertidas à publicação de notícia sobre a prisão, em São Paulo, de um suspeito de integrar a Al Qaeda.


A tantas vezes citada Foz do Iguaçu, em sua localização cara a cara com o Paraguai e a Argentina na chamada Tríplice Fronteira, já proporcionou numerosas exibições da correria do governo, sempre que os Estados Unidos apontaram a vulnerabilidade da área ou alguma suspeição determinada. O governo, nessas ocasiões, sai com suas pretensas explicações antes mesmo de ter elementos objetivos para ampará-las um pouco.


O governo faz o seu papel.


O outro fator agora determinante das reações embaraçadas, e que disputa a primazia com aquele primeiro, é a continuidade indeclarada das investigações. O desembargador Baptista Pereira, do Tribunal Regional Federal em São Paulo, não precisou estar acompanhando as investigações, mas apenas ler os elementos oferecidos ao seu exame de um habeas corpus (negado), para deduzir que o material tomado ao preso indica ação "visando à incitação do ódio aos ocidentais e ao fomento de ideologia antissemita, colaborando com grupos como a Al Qaeda".


Mais razões e elementos teve a Polícia Federal, mesmo que incompleto o exame de sua coleta, para deduzir a equivalência entre o que encontrava e as considerações extremistas do fundamentalismo islâmico e da Al Qaeda. Então, o embaraço.


Sigilo da prisão, das investigações, do inquérito, do habeas corpus pedido. Alegação de racismo. E aproveitamento das prisões por racismo e neonazismo feitas no Paraná e estendidas a aparentes conexões do grupo paranaense com paulistas. Mas os racistas antissemitas do Paraná não ficaram sob investigações sigilosas, como o preso em São Paulo. Não tiveram os seus nomes omitidos, como foi o do "libanês K" preso em São Paulo. Não foram nem sequer poupados de fotografias em situações diversas. Assim como os computadores e tudo o mais apreendido em suas casas. E a investigação em São Paulo já começou "sob segredo de Justiça", e assim continua. Nenhuma razão especial para a diferença?


A polícia faz algum papel -ditado pelas circunstâncias. O "libanês K" fez ou faz o papel que lhe é ditado pelo sentimento religioso ou pela ideologia política. Alguns políticos fazem o seu papel nas questões nacionais: o deputado Raul Jungmann, vice-presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara, me telefonou para dizer (e provar), ante a explicação de mero racismo servida pelas vozes oficiais, que já conhecia os fatos aqui relatados na terça-feira.


Ainda bem

Pela primeira vez, devemos um agradecimento à Organização Mundial do Comércio, que, em vez de levar a ministra Ellen Gracie para seu Órgão de Apelação, deixou-a aqui no Supremo Tribunal Federal. Tal como as coisas hoje se mostram no STF, Ellen Gracie é figura essencial, ali, entre os que se portam como magistrados, sem se exibir publicamente sobre assuntos que talvez venham a julgar, sem se imiscuir em temas e problemas de outros Poderes, sem se mostrar mais políticos do que juízes.



Último Segundo (28/05/2009)


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