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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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terça-feira, 28 de julho de 2009

Síria volta a ser um ator regional indiscutível


Os artigos sobre Israel sempre atualizados você encontra aqui.



Destaque 1

  • Veja Rio (29/07/2009): Quarteirão de Davi: Frente a frente na Rua Venâncio Flores, no Leblon, convivem o novo centro de cultura hebraica, sob a liderança do rabino Nilton Bonder, e a Casa Lubavitch, de tradição ortodoxa do judaísmo.


Destaque 2



O Globo, Mundo, pág. 23 (28/07/2009)


O papel da mídia israelense e palestina na paz

Seminário das Nações Unidas no Rio discute o uso da informação para impulsionar negociações no Oriente Médio


Renato Galeno


O papel da comunidade internacional na busca por um processo que leve a paz ao Oriente Médio pode, e deve, ser ampliado, com o acréscimo de novos atores na discussão, assim como o uso da mídia para levar informações corretas, sem demonizar o outro lado e prejudicar futuros acordos. Estas conclusões foram tiradas no primeiro dia do Seminário Internacional de Mídia sobre a Paz no Oriente Médio — “Promovendo o diálogo palestino-israelense, um ponto de vista sul-americano”, evento da ONU com a colaboração do governo brasileiro que começou ontem e termina hoje no Palácio Itamaraty, no Rio.


Uma das propostas foi tentar convencer a imprensa, tanto palestina quanto israelense, a trabalhar para mudar a forma como a opinião pública encara as negociações de paz. Segundo Mohammed Abdallah, colunista do jornal árabe al-Quds, de Jerusalém, isso é importante para que ações como o ataque a Gaza em janeiro — que “não foi uma guerra, foi assassinato em massa”, segundo ele — não ocorram sem reação popular.

— Temos que mudar a mentalidade de Israel, principalmente quando há um governo de direita no poder — disse ele, que também condenou o radicalismo do grupo Hamas. — A mentalidade tem que mudar. É o que peço à mídia de Israel.


Por outro lado, há israelenses que acreditam que parte da imprensa de seu país age de forma pouco patriótica, sendo excessivamente crítica em relação ao seu governo. É o caso da deputada Ronit Tirosh, do Kadima, partido que estava no poder durante a invasão de Gaza, mas que hoje está na oposição.


— A imprensa de Israel é muito tendenciosa na esquerda. Ela é contra Israel. Você vê aqui Gidon Levy (aponta para o colunista, a alguns metros de distância), do jornal “Haaretz”. — disse Tirosh, ao GLOBO. — Estas pessoas apresentam apenas um lado: o sofrimento dos palestinos.


Não que eu ignore o sofrimento dos palestinos, em toda guerra todos sofrem. Os palestinos estão numa situação pior.


Mas isso não quer dizer que os israelenses desfrutem a vida sob ameaça, sob bombas.


Amorim defende criação de zona de paz na região Houve também denúncias dos dois lados que o sistema escolar do outro lado manipula a história. Um exemplo que poderia ser seguido por todos, porém, foi dado por Andrew Whitley, diretor da agência da ONU para refugiados palestinos.


— Temos escolas para crianças palestinas em Gaza. Lá, ensinamos a Declaração Universal dos Direitos Humanos. E também seu contexto, que foi o Holocausto — disse Whitley.


O ex-vice-chanceler de Israel Eli Dayan procurou ver o lado positivo do atual momento. Ele ressaltou que se tornou consenso na sociedade a necessidade de uma solução de dois Estados.


Frisou também que a atual “calma” dos radicais palestinos, e a posição de força de Israel, possibilitam uma negociação — algo que foi corroborado pelo rabino emérito da Congregação Israelita Paulista, Henry Sobel.

— A liderança de Israel está disposta a pagar um alto preço para a paz com os palestinos — disse Dayan, que defendeu o bloqueio a Gaza, criticado por outros palestrantes.


Um deles foi o chanceler Celso Amorim. O brasileiro afirmou que há três entraves às negociações de paz.


Os assentamentos judeus nos territórios ocupados, os postos de controle, e a necessidade de segurança de Israel.

Amorim disse que o Brasil foi convidado pelos dois lados para ajudar nas negociações. Ele ironizou aqueles que o criticaram por ter ido à Síria negociar.


— Não é questão de gostar da Síria, ou não. É porque é um interlocutor indispensável. Assim como Irã é um interlocutor indispensável.


Não vou entrar nos méritos. Como ocorrerá o engajamento do Irã, este é um assunto complexo — disse Amorim.

Ele propôs uma “zona de paz e cooperação da ONU”, e lembrou que o chanceler de Israel, Avigdor Lieberman, disse existir uma ameaça nuclear do Irã.


— Não nego que isso ocorra.


Mas também existe uma certeza, pelo menos em grande parte do mundo, que Israel dispõe de armas nucleares. Podemos, portanto, criar uma zona livre de armas de destruição de massa.


As propostas de diálogo, porém, esbarram na realidade política de israelenses e palestinos, como dois exemplos revelaram ontem. O prefeito da Cidade de Gaza, Maged Ramadan, não compareceu ao seminário. Quintafeira, o Hamas o proibiu. Já do lado israelense, fontes disseram que o governo decidiu não enviar representantes para o seminário, por acreditar que eventos assim apenas servem para denegrir a imagem do país.


O jornal “Haaretz” revelou que o número de colonos na Cisjordânia ultrapassou os 300 mil.


A divulgação dos números ocorreu no dia em que o enviado especial dos EUA para o Oriente Médio, George Mitchell, chegou a Israel com a difícil missão de convencer o governo israelense a congelar os assentamentos.



'A mídia teve papel vergonhoso'

Gidon Levy é um dos mais respeitados colunistas da imprensa de Israel, mas também um dos mais polêmicos em seu país. Há anos no jornal “Haaretz”, ele defende o fim da ocupação.



O GLOBO: Para estrangeiros que acompanharam a guerra em Gaza, a cobertura da imprensa de Israel pareceu tendenciosa.


O senhor concorda?

GIDON LEVY: Acho que você está atenuando o que ocorreu.


A cobertura da imprensa israelense como um todo foi manipuladora, diria até criminosa.


Porque as vítimas reais, os palestinos, praticamente não foram mostrados.


Você chama de guerra, eu não. Chamo de agressão brutal, usando todos os tipos de armas, legais e ilegais segundo o direito internacional, contra uma sociedade sob cerco.


Tudo isso quase não foi publicado pela mídia israelense.


Israel matou cem vezes mais que os palestinos. A mídia de Israel vinha incitando, há algum tempo, antes de começar.


E, quando começou, pressionou para continuar. A mídia israelense, que é excelente, livre, teve um papel vergonhoso.

A imprensa israelense pode ter reagido segundo o que a opinião pública queria?

LEVY: É a questão do ovo e da galinha. Parte da opinião pública foi influenciada pela mídia por meses. Mas creio que a mídia tem critérios profissionais e não está aí para agradar os leitores. Jornalismo não é entretenimento, é falar a verdade. E a mídia israelense não fez isso.


Algo mudou?

LEVY: Nada. Continuamos a demonizar os palestinos, exagerando a sua força, e sem fazer questionamentos morais, legais. As investigações sobre a guerra são desacreditadas.


O senhor tem uma posição firme contra a ocupação. Por que há tão poucos que adotam esta postura?

LEVY: É difícil julgar, pois o que vejo em torno é cegueira.


O sistema de lavagem cerebral está em vigor há tempos e é difícil quebrá-lo. A segurança é quase a religião oficial de Israel. É difícil quebrar o ciclo, faço o que posso, mas somos poucos. (R.G.)



FSP (28/07/2009)


FSP online (28/07/2009)


Estadão (28/07/2009)


JB (28/07/2009)


CB (28/07/2009)


GP (28/07/2009)


Terra (28/07/2009)


G1 (28/07/2009)


Último Segundo (28/07/2009)


Uol Internacional / Mídia Global (28/07/2009)

  • LM: Síria volta a ser um ator regional indiscutível: Nas lutas de influência que agitam o Oriente Médio, Bachar Al-Assad pode se orgulhar de ter obtido uma bela vitória ao recuperar, pelo menos provisoriamente, o lugar que um dia foi ocupado por seu pai, Hafez Al-Assad, o de líder indiscutível da região. É o que comprova a visita no último domingo (26) a Damasco de George Mitchell, enviado especial da Casa Branca para o Oriente Médio. Em 14 de junho Mitchell já se encontrou com Bachar Al-Assad em Damasco, na que constituiu a primeira visita oficial de um diplomata americano desse nível à Síria desde 2005. Em quatro anos, Assad conseguiu elevar a Síria da posição de Estado infrequentável à categoria de potência indiscutível, cortejada por quase toda a comunidade internacional, sem no entanto ter respondido concretamente às exigências de uns e de outros.
  • LM: União Europeia pressiona a Turquia a combater a imigração clandestina
  • NYT: Os proprietários de terras de Swat, alvos do Taleban, permanecem no exílio


BBC Brasil (28/07/2009)


El Reloj (28/07/2009)


Aurora (28/07/2009)


Iton Gadol (28/07/2009)


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