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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quarta-feira, 29 de julho de 2009

Versões em combate: Mídia toma partido no conflito palestino-israelense


Os artigos sobre Israel sempre atualizados você encontra aqui.



O Globo, Mundo, pág.25 (29/07/2009)


Versões em combate

Mídia toma partido no conflito palestino-israelense


Sabrina Valle


O encontro aconteceu sob o teto da diplomacia brasileira, que desfruta de simpatia de todos os lados envolvidos, e contou com participantes defendendo a paz em uníssono. Mas os entendimentos terminam por aí. Jornalistas do Oriente Médio e especialistas em mídia convidados pela ONU e pelo governo brasileiro para um seminário internacional, que se encerrou ontem no Rio, entraram em desentendimentos acalorados ao discutirem o papel da mídia na formação da opinião pública no Oriente Médio.


Israelenses acusaram palestinos de parcialidade.


Palestinos acusaram israelenses do mesmo.


Israelenses de tendências diversas fizeram acusações entre si e reclamaram da ausência de vozes dissonantes entre palestinos — numa mostra clara das dificuldades de cobertura do conflito palestino-israelense.


— Às vezes parece o diálogo da morte — comentou Edmund Ghareeb, especialista em mídia da Universidade de Washington. — Mas me impressionou o (alto) nível das discussões.


Os aplausos mais efusivos foram dados, de pé, às críticas ferozes feitas pelo colunista judeu Gidon Levy, do respeitado jornal “Haaretz”, a seus colegas da mídia israelense. Para ele, “sem a colaboração vergonhosa da mídia israelense”, a ocupação dos territórios palestinos não estaria durando tanto tempo. E, acrescenta, seus compatriotas veem os palestinos como seres humanos diferentes e os demonizam, embora sejam os primeiros a demonstrarem humanidade a outros povos. O comentário não agradou a todos.


— Talvez (minhas posições) sejam um pouco diferentes da atmosfera dessa conferência.


Ouvi aqui alguns comentários que preciso responder — rebateu o âncora de TV Yaakov Achimeir, do Canal 1 de Israel, que defende as posições de seu governo sobre um Estado único e as ocupações. — Antes de tudo, sou judeu, e depois, sou israelense.


Achimeir também foi longamente aplaudido, a ponto de a editora da revista “The Jerusalem Report”, Etta Prince-Gibson, classificar a polarização como um enfrentamento de torcidas.


— Não devíamos fazer uma disputa de cheerleaders para ver quem merece mais aplausos — alfinetou a israelense. — Me recuso a culpar a mídia ou os governantes. A vida é muito mais complexa do que isso. Temos que ir além do simplismo, sair da posição de ouvir apenas o confortável. O importante é nos ouvirmos.

As divergências mostram os desafios com que o Brasil pode se deparar ao intensificar ações como mediador de conflitos no cenário mundial. Segundo Ghareeb, uma atuação mais efetiva também pode suscitar críticas e servir como um teste para a diplomacia brasileira.


— É natural surgirem críticas. Mas, como dizia (o ex-presidente dos EUA) Harry Truman, se não aguenta o calor, saia da cozinha.



JB (29/07/2009)


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