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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

UNESCO: Antissemitismo cerca eleição


Os artigos sobre Israel sempre atualizados você encontra aqui.



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O Globo (16/09/2009)



ONU condena Israel e Hamas por Gaza: Relatório recomenda levar a Tribunal de Haia evidências de crimes de guerra


Marília Martins Correspondente

NOVA YORK. Um relatório de 574 páginas produzido pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, com mais de 10.000 documentos, 188 entrevistas com pessoas envolvidas em ataques e análise de mais de 1.000 fotografias e vídeos, chegou à conclusão de que tanto palestinos quanto israelenses cometeram crimes de guerra, com suspeita de que tenha havido crime contra a Humanidade nas três semanas de conflito na Faixa de Gaza, no início de 2009.


— A missão concluiu que, tanto as forças de Defesa de Israel, quanto militantes palestinos do grupo Hamas cometeram crimes de guerra, e, no caso do bloqueio de alimentos, água e medicamentos de Gaza, há fortes evidências de crime contra a Humanidade — disse o juiz sul-africano Richard Goldstone, líder da missão de investigação.


Prazo de seis meses para cooperar Os quatro encarregados da investigação da ONU acusam os dois lados de terem conduzido investigações nada confiáveis sobre as denúncias de violações de direitos humanos e exortaram ambas as partes a colaborarem para o esclarecimento dos fatos. Caso o governo israelense e o palestino se recusem a investigar os casos, Goldstone recomenda que as denúncias sejam levadas em seis meses ao Tribunal de Justiça de Haia, a fim de processar os responsáveis por delitos contra a Humanidade.

Goldstone, um juiz de reputação conhecida por sua atuação idônea em conflitos sobre apartheid na África do Sul nos anos 90, recomendou ao Conselho de Segurança da ONU cobrar de Israel uma investigação efetiva das denúncias de abusos.


O governo israelense reagiu rapidamente. Informou que o relatório seria analisado e alegou já ter aberto uma série de investigações.


Mas afirmou que o relatório “era claramente unilateral e ignorava milhares de ataques com mísseis do Hamas”.

O relatório acusa palestinos pelo disparo de foguetes contra comunidades israelenses, levando pânico a moradores da região sul do país. Os ataques foram feitos por militantes do grupo Hamas.


ONU pede tratamento de prisioneiro de guerra a Shalit A investigação conclui que militantes do grupo lançaram foguetes, inclusive contra alvos civis israelenses, em “centenas de ataques que levaram a população israelense a viver em estado permanente de pânico, obrigando a uma resposta militar das autoridades israelenses”. A comissão da ONU exige tratamento de prisioneiro de guerra, com todas as garantias da Convenção de Genebra, para o soldado israelense Gilad Shalit, que desde junho de 2006 encontra-se em poder do Hamas.


O relatório da ONU também acusa forças israelenses de terem adotado uma estratégia deliberada de punição coletiva de palestinos em resposta ao pânico provocado pelos disparos de foguetes, levando à destruição de prédios civis, à eliminação de estoques de comida e de água de palestinos, além de impedir o acesso a vias de abastecimento a uma população de 1,5 milhão de habitantes. Um dos casos narra a perseguição israelense a fazendeiros palestinos e a destruição de um grande estoque de carne de frango, no intuito de provocar escassez de alimentos para comunidades palestinas. Trinta mil galinhas foram exterminadas.

Relatório de organização contabiliza 773 civis mortos Há também relatos de ataques a alvos civis palestinos por forças militares israelenses, inclusive a uma mesquita, matando 15 fiéis. O relatório menciona soldados israelenses atirando em civis que saíam de suas casas para render-se, com bandeiras brancas nas mãos. E condena expressamente dois ataques controvertidos das forças israelenses: a um complexo pertencente à ONU e ao hospital de al-Quds.


— A situação prolongada de impunidade criou uma crise judiciária nos territórios palestinos ocupados, de modo a permitir atentados deste tipo. O bloqueio da Faixa de Gaza começou como uma operação militar de defesa e terminou como uma punição coletiva que atingiu a população palestina como um todo e não apenas militantes do grupo Hamas — acrescentou Goldstone, comentando o relatório, que investigou ataques que levaram à morte de 1.387 palestinos, incluindo centenas de civis, e 13 israelenses, dez soldados e três civis.


Outro relatório, divulgado pelo grupo israelense de defesa de direitos civis B’Tselem, revelou que, dos 1.387 palestinos mortos nos conflitos de Gaza, 773 eram civis. Israel reconheceu oficialmente a morte de 709 combatentes palestinos, 295 civis e 162 vítimas cujo status não foi ainda identificado.


O GLOBO NA INTERNET OPINIÃO Mais sobre Israel no blog de Renata Malkes oglobo.com.br/blogs/terra_santa



FSP (16/09/2009)


FSP online (16/09/2009)


Estadão (16/09/2009)


Em Cima da Hora (16/09/2009)

  • Hamás critica relatório da ONU: O grupo radical criticou as conclusões do relatório do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, que indica que tanto militantes palestinos quanto o exército de Israel são criminosos de guerra.


Revista Época (16/09/2009)


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