Reinaldo Azevedo (06/02/2009)
Ahmadinejad, os EUA e a lógica (grifo do autor)
"A República Islâmica do Irã está preparada para dar as boas-vindas a mudanças reais e corretas no seio da nova Administração americana e cooperar para resolver os grandes problemas globais a partir de um ambiente limpo e de respeito mútuo".
A frase é de Mahmoud Ahmadinejad, demonstrando que topa bater um papinho com os Estados Unidos para que possam, juntos, resolver os problemas do mundo.
Ele só não disse se pretende parar de financiar o Hezbollah e o Hamas e brecar o programa nuclear do país. Os detalhes ficam para depois. O importante, como dizem os obamistas, é tentar conversar. Como se nunca tivesse sido tentado, né? Vai ver as conversas não prosperaram porque os iranianos não abrem mão de seus “princípios”. O que dá ensejo a uma possibilidade, ditada pela lógica: caso eles não mudem de idéia, e as conversas prossigam, é provável que tenham sido os EUA a deixar de lado os princípios.
GOSTOU? PEGUE O HAMAS PRA VOCÊ!
Vejam o que está no Portal G1, com informações das agências internacionais. Volto depois:
A Agência das Nações Unidas para a Ajuda aos Refugiados Palestinos (UNRWA) anunciou nesta sexta-feira (6) a suspensão de suas importações de ajuda na Faixa de Gaza depois que centenas de toneladas de alimentos foram confiscada pelo governo do Hamas.
Na quarta-feira, o diretor de Assuntos Humanitários das Nações Unidas, John Holmes, já havia condenado o confisco da ajuda pelos homens do Hamas na Faixa de Gaza, e exigido a restituição imediata dos mantimentos.
"As Nações Unidas não podem aceitar, sob nenhuma circunstância, o desvio da ajuda humanitária por uma das partes do conflito", disse Holmes em comunicado.
Ele advertiu que tal ato pode comprometer o abastecimento da ajuda, num momento em que a ONU e seus parceiros recorrem a todos os meios possíveis para satisfazer as necessidades humanitárias mais básicas da população de Gaza, afetada depois de três semanas de ataques israelenses ao território entre dezembro e janeiro.
A agência denunciou na quarta-feira que a polícia do grupo radical islâmico Hamas confiscou a ajuda humanitária armazenada em um de seus centros de distribuição em Gaza.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, exigiu a liberação da ajuda, declarou nesta sexta-feira sua porta-voz, Michèle Montas.
Engano
O movimento disse que vai devolver as toneladas de ajuda humanitária, afirmando ter se tratado de um engano.
"O ministro para Assuntos Sociais do governo do Hamas, Ahmed al Kurd, deu a ordem de resolver o problema e assegurar que as ajudas sejam restituídas", afirmou um porta-voz do Hamas, Fawzi Barhoum.
Foguetes
Outros dois foguetes lançados da Faixa de Gaza, local controlado pelo grupo islâmico Hamas, atingiram o sul de Israel nesta sexta, mas não houve nenhum prejuízo ou morte, informou o Exército israelense.
Um frágil cessar-fogo foi declarado desde 18 de janeiro, quando Israel encerrou uma ofensiva militar de 22 dias na Faixa de Gaza. Segundo Israel, a ofensiva tinha o objetivo de punir o Hamas pelo lançamento de foguetes pela fronteira.
Israel tem respondido aos foguetes com ataques aéreos. Um porta-voz do Exército israelense disse que os foguetes foram lançados do norte da Faixa de Gaza.
O Egito está tentando garantir um cessar-fogo duradouro nos próximos dias, mas tanto Israel quanto o Hamas se recusam a negociar diretamente um com o outro.
Comento
Eis aí. Esse é o Hamas, organização com a qual imbecis mundo afora clamam que Israel faça logo um acordo — desde, é claro, que ele passe pelo “direito” de os terroristas continuarem a jogar foguetes contra o país. Entende-se por acordo a reivindicação para que o agredido não reaja, para que a vítima se comporte bem.
Na próxima edição de VEJA, escrevo a respeito.
A UNRWA é a principal responsável por ter transformado o vilão da história — o Hamas — na vítima. Foi ela, por exemplo, que deu credibilidade à mentira de que Israel havia atacado uma escola da ONU, o que era mentira.
Não há mal que Israel pudesse fazer aos palestinos que o Hamas não possa superar. E isso se comprova a cada dia. Mas vivemos tempos em que o terror é usado até como metáfora — e metáfora benigna... para terror. Na Folha de hoje, para exemplificar o que considera uma situação de injustiça da favela de Paraisópolis, em São Paulo, Clóvis Rossi compara o local à Faixa de Gaza. A sacada foi considerada tão boa que ganhou primeira página.
Certamente há bandidos em Paraisópolis que tentam tornar a população decente refém de seus interesses. Mas diria que ainda nâo lograram o sucesso do Hamas. Mas chegam lá.
Em Cima da Hora (06/02/2009)
- Embaixador de Israel na Suécia é vítima de sapatada: O incidente aocnteceu durante uma palestra sobre as próximas eleições israelenses. Um homem e uma mulher na platéia jogaram um sapato e alguns livros na direção do embaixador.
FSP online (06/02/2009)
- ONU exige que Hamas devolva ajuda confiscada em Gaza
- Irã diz que ida de emissário americano ao Oriente Médio é positiva
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06/02/2009
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