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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Israel x Gaza x Oriente Médio (258) .... Ofensiva em Gaza aumentou antissemitismo, diz líder judeu

Estadão


FSP online (07/02/2009)

  • Ofensiva em Gaza aumentou antissemitismo, diz líder judeu: A ofensiva israelense contra o grupo palestino Hamas, na faixa de Gaza, fez com os ataques contra judeus em várias partes do mundo atingissem níveis alarmantes, afirmou nesta sexta-feira Abraham Foxman, diretor da Liga Antidifamação dos Estados Unidos, um grupo que combate práticas antissemitas.


FSP (07/02/2009)

Opinião

Marcelo Ninio: O mesmo mar


POR FORÇA do acaso, a cidade israelense de Ashkelon, na costa do Mediterrâneo, se transformou no lar temporário da palestina Manal Shain na virada do ano. Moradora da faixa de Gaza, ela estava em um hospital da vizinha Ashkelon, onde havia levado o filho de dois anos para um tratamento, quando teve início a ofensiva contra o grupo islâmico Hamas.


Impedida de voltar para casa e grávida de nove meses, Manal acabou dando à luz em Israel, a poucos metros do mar que costumava ver perto de onde vive. Dividida entre o conforto da maternidade superequipada e a angústia de pensar no marido e nos três filhos que deixara em Gaza, a palestina de 36 anos refletia sobre o absurdo. "Temos o mesmo mar, mas vivemos em mundos tão diferentes", lamentou, arrancando um sorriso resignado da enfermeira israelense que se convertera em confidente. A angústia da mãe palestina parecia traduzir o trágico destino de dois povos condenados a dividir a mesma geografia, mas que não conseguem reconciliar suas histórias. Um afastamento alimentado por anos de intolerância, que anestesiou a capacidade de ter compaixão com o sofrimento do outro. Em conversas com palestinos e israelenses, a desconfiança mútua dá o tom. É cada vez mais raro encontrar alguém capaz de analisar o conflito pelo prisma do outro. A guerra em Gaza ampliou esse fosso.


Entre os palestinos, cresceu o apoio ao Hamas, mesmo entre aqueles que rejeitam o seu fundamentalismo religioso. Apesar da devastação em Gaza (ou graças a ela), o grupo é mais que nunca visto como a única resistência ao interminável domínio israelense. Em Israel, a guerra contra o Hamas só seria mais popular se tivesse durado mais tempo. Prova disso é o favoritismo nas eleições da próxima terça-feira do direitista Likud, partido liderado pelo ex-premiê Binyamin Netaniahu. De acordo com as pesquisas, ele voltará ao cargo que ocupou entre 1996 e 1999, período em que o frágil processo de paz entre Israel e os palestinos começou a agonizar. Se àquela época a solução do conflito parecia difícil, hoje ele assumiu contornos de impossibilidade. Divididos, os palestinos ainda não fundaram um Estado, mas têm dois governos, enquanto toleram a cartilha hitlerista do Hamas. Em Israel, a sociedade deu vários passos para a direita e aceitou virar refém da retórica desumanizadora de que "não há parceiro para a paz".


Os oito anos de George W. Bush e seu apoio incondicional a Israel contribuíram para a paralisia. Barack Obama pode restabelecer a credibilidade dos EUA como mediador, mas o empurrão externo não basta. A paz só nascerá quando as mães israelenses e palestinas ensinarem a seus filhos que, além do mar Mediterrâneo, os dois povos compartilham o mesmo destino.


MARCELO NINIO , enviado especial a Jerusalém, é correspondente da Folha em Genebra.



Mundo

ONU suspende ajuda humanitária a Gaza após 2º confisco do Hamas


Para grupo islâmico, houve mal-entendido no desvio de 300 toneladas de comida


DA REDAÇÃO


A UNRWA (agência humanitária da ONU para os refugiados palestinos) suspendeu ontem suas operações na faixa de Gaza após o confisco de 300 toneladas de mantimentos pelo Hamas na madrugada. Foi o segundo incidente desta natureza nesta semana.


Em nota oficial, a entidade informou que a carga de dez caminhões que entrou em Gaza pela passagem de Kerem Shalom -100 toneladas de farinha e 200 de arroz- durante a noite foi levada em território palestino "por caminhões contratados pelo Ministério de Assistência Social" do Hamas.


O grupo, no poder no território palestino, negou o confisco e disse que houve um mal-entendido entre os motoristas.


O episódio mobilizou Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU. Sua porta-voz disse que o sul-coreano "exige que o Hamas imediatamente libere o carregamento de bens humanitários que tomou e que não interfira na distribuição de assistência humanitária". Ela disse que a ONU quer garantias que tais ocorrências não se repitam.


"Na terça-feira, 3.500 cobertores e mais de 400 pacotes de comida foram levados, sob a mira de armas, de um depósito em Gaza. A UNRWA exige a restituição desses bens também", diz a nota da entidade.


Em um comunicado, o grupo islâmico acusou "os meios de comunicação de massa" de terem publicado informações imprecisas sobre o episódio de ontem. Ressaltando que o Hamas deseja manter uma boa relação com a UNRWA, o texto afirmou que o incidente "já foi resolvido, por meio do contato direto" com a agência da ONU.


Entretanto Christopher Gunness, porta-voz da entidade humanitária em Gaza, negou essa versão e reiterou que a suspensão das atividades da UNRWA prosseguirá "até que a ajuda seja devolvida e a agência tenha garantias críveis do governo do Hamas em Gaza de que a situação não se repetirá".


No dia 8 de janeiro, após ataques israelenses contra suas instalações e colaboradores, a UNRWA também suspendeu suas atividades em Gaza, em meio à ofensiva de Israel contra o Hamas, que durou 22 dias e deixou mais de 1.300 palestinos mortos. No dia seguinte, anunciou a retomada das operações após ter recebido garantias do Exército israelense.



UOL Internacional (07/02/2009)


G1 (07/02/2009)


Veja mais:

06/02/2009

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