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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Israel x Gaza x Oriente Médio (308) .... Guerra em Gaza reduziu apoio ao Hamas entre os palestinos, diz pesquisa

O Globo, Opinião, página 7, em 14/02/2009.


Os bárbaros de Chávez

OSIAS WURMAN


“E finalmente chegaram. Os bárbaros chegaram.


Subjugaram seguranças para poder adentrar sem obstáculos na sinagoga quando todo mundo dormia, menos eu (agora que a insônia e eu tornamo-nos tão amigos).


Fizeram o que todos nós esperávamos.


O de sempre. Pintaram slogans, destruíram objetos, pisotearam livros sagrados. E levaram papéis e documentos originais com os nomes dos judeus sefaraditas. Medo, não. Nostalgia, sim.


Pelo sonho que termina. O sonho de meus antepassados, do meu bisavô quando a Venezuela era um país recémnascido e se casou com sua criolla para ficar e procriar nesta terra da benevolência no século XIX. Saudades de minha mãe caraquense, meus avós, meus antepassados. De todos os meus mortos enterrados aqui.

Despeço-me do país que nós conhecemos.


Este que meu pai amou sem arrependimento.


Arrumo meus livros humildes, apenas no caso de servirem para qualquer fogueira de letras profanas. Logo eu enumerarei a lista adicional do que eu ofereço para ser imolado. Podem servir para uma noite de cristais quebrados.


(Eu incluirei começando, por exemplo, os vidros das janelas de minha casa.)” Escreveu Sonia Chocrón, poetisa venezuelana, despedindo-se de sua pátria.


Esse poema é uma radiografia do que sentem os judeus venezuelanos após a invasão e profanação da principal sinagoga de Caracas, em 31 de janeiro.


Quinze pessoas armadas golpearam os dois seguranças do local e ficaram em seu interior das 22 horas de sextafeira às 3 horas do sábado. Durante cinco horas, ninguém viu, ninguém acionou a polícia, nenhuma reação. Na rua, uma patrulha da polícia que, segundo se informa, era composta por membros coniventes com o atentado.


Os vândalos grafitaram as paredes com frases injuriosas aos judeus e profanaram os objetos sacros. Atiraram ao chão e rasgaram rolos da Torah, o Pentateuco de Moisés, símbolo mais sagrado do judaísmo.


Misteriosamente, não levaram os valiosos adornos de prata, nem tiveram objetivos materiais imediatos. O empenho principal foi levar o computador onde estava o cadastro da comunidade judaica de Caracas. Para disfarçar as intenções, deixaram mensagens racistas no local. A intenção do ataque é óbvia: intimidar.


Essa invasão é um divisor de águas nas provocações que o governo de Chávez vinha alimentando contra os judeus venezuelanos. Anteriormente, a intimidação incluiu uma busca militar na sede do Centro Comunitário de Caracas Hebraica, que inclui um clube e escola judaica. Os militares, na época, alegaram haver denúncia de armamento no local. Após horas de humilhação, os capangas de Chávez saíram sem levar, sequer, um único canivete.


Mas não só os judeus são alvo das provocações. No dia 19 de janeiro foram lançados panfletos do grupo radical chavista “La Piedrita”, defronte à Nunciatura Católica, que diziam: “Informamos ao povo rebelde de Simon Bolívar que nossa organização revolucionária desconhece a cúpula eclesiástica da igreja católica e a considera como traidora e covarde perante as lutas do povo venezuelano.” Numa investida contra os estudantes democráticos, foram lançadas bombas de gás lacrimogêneo durante uma reunião do grupo na Praça da Reitoria da Universidade Central da Venezuela.


No ano passado, Chávez, demagogicamente, recebeu uma comitiva de dirigentes do Congresso Judaico Mundial e prometeu combater o antissemitismo.


A imprensa israelense, na época, ironizou a atitude pueril da liderança judaica, lembrando que Chávez é parceiro do maior antissionista e antissemita do momento, Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã. Na prática, a verborréia de Chávez durante a guerra em Gaza foi a mais virulenta e racista contra o Estado de Israel e o judaísmo.


Tanto na imprensa oficial como na TV estatal e nos sites da internet, Chávez prepara o lançamento do bode expiatório para uma possível derrota eleitoral amanhã, quando um referendo popular irá julgar sua vontade de se eternizar no poder da Venezuela. Se perder, Chávez culpará os “reacionários” do empresariado judaico, os estudantes e os clérigos católicos.


OSIAS WURMAN é jornalista.

E-mail: owurman@globo.com



FSP (14/02/2009)


JB (14/02/2009)

  • Fortalecimento do Beiteinu gera temor - Pág. 23: O fortalecimento do partido Israel Beiteinu, que nas eleições realizadas na última terça-feira tornou-se o terceiro maior partido de Israel e adquiriu poder suficiente para determinar a formação da nova coalizão governamental, provocou o temor de um radicalismo no país. Políticos e intelectuais estão usando a palavra "fascista" para descrever o líder do partido, Avigdor Liberman. Em editorial, o jornal Haaretz diz que os candidatos ao cargo de premier têm a obrigação de se distanciar o quanto antes de Liberman.


IHU (14/02/2009)


Em Cima da Hora (14/02/2009)

  • Força aérea israelense volta a bombardear Gaza: A trégua na Faixa de Gaza foi rompida mais uma vez. Israel voltou a bombardear o território controlado pelo grupo radical Hamas. Só no norte da Faixa de Gaza, um policial e três civis ficaram feridos.


Correio da Manhã (Portugal, 14/02/2009)

  • Político de combate: Passou semanas a liderar as sondagens, e mesmo quando os resultados eleitorais o colocaram em segundo lugar não teve dúvidas em proclamar que seria “o próximo primeiro-ministro de Israel” – e é muito provável que venha a sê-lo. Quase uma década depois de ter abandonado a liderança do governo, Benjamin Netanyahu é hoje um político mais maduro, menos impulsivo mas não menos combativo. Inspirado por Obama, não chegou ao ponto de usar a ‘mudança’ como slogan, mas se voltar a ser primeiro-ministro muita coisa vai mudar – a começar pelo processo de paz com os palestinianos.


Infomedio (14/02/2009)

  • Entrevista a Aaron Barnea en Público: "Estamos dando pasos de reconciliación entre israelíes y palestinos" - Una mirada superficial parece indicarnos que no hay nada entre israelíes y palestinos que escape a la espiral de terror y desesperación. Pero siempre hay destellos de algo distinto. Se trata de darles valor y espacio. Impregnarse de la profunda fuerza que late en ellos por ínfimos y frágiles que parezcan al lado de los proyectiles. Aaron Barnea perdió a su hijo Noam en el Líbano en 1999. Cuando murió, le faltaban sólo 5 días para acabar el servicio militar. En su uniforme encontraron la insignia del Movimiento de las Cuatro Madres que reclamaban la retirada del ejército israelí del Líbano. Desde entonces Aaron participa en el Foro de Familias, una organización que reúne a familias israelíes y palestinas que transforman el dolor por la pérdida de un ser querido en acciones por la reconciliación. Que desafía a la fatalidad sin reproducirla. Aaron Barnea es director de Relaciones Internacionales del Foro Israelí-Palestino de Familias de Caídos en Pro de la Reconciliación y la Paz. Entrevista realizada por Amador Fernández-Savater.


Iton Gadol (14/02/2009)


FSP online

14/02/2009

13/02/2009


Estadão (13/02/2009)


Carta Maior (13/02/2009)


Público (13/02/2009)


MNA (13/02/2009)


Israel Politik (13/02/2009)


Revista Veja - - Edição 2100 - 18 de fevereiro de 2009


Revista Veja - Edição 2099 - 11 de fevereiro de 2009


Veja mais:

13/02/2009

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