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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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sexta-feira, 19 de junho de 2009

O que pode virar história e o que pode cair no esquecimento no Oriente Médio

Os artigos sobre Israel sempre atualizados você encontra aqui.



Destaque

Nosso Jornal Rio, Número 27, junho de 2009, pág.16.


O Globo, Mundo, pág.26-27, em 19/06/2009.



FSP (19/06/2009)


Editoriais: Segunda divisão


TUDO O que o Brasil disser sobre a crise do Irã -um país distante, com o qual mantém laços comerciais incipientes e relação política mínima- terá peso irrisório no jogo diplomático internacional. Faz-se a constatação com certo alívio, depois das seguidas derrapagens do presidente Lula ao tratar publicamente do tema.


Ao persistir na defesa da reeleição de Mahmoud Ahmadinejad, Lula atropela uma série de fatos elementares que teria a obrigação de dominar antes de dar seus palpites. Ora, nem mesmo o Irã reconhece a vitória do candidato fundamentalista.


O líder supremo, aiatolá Ali Khamenei, tentou ungir Ahmadinejad no fim de semana. Mas recuou da manobra anômala e açodada já na segunda, forçado pela reação popular. Abriu uma investigação para apurar suspeitas de fraude, e o resultado do pleito, a rigor, está "sub judice". Mas Lula se sente à vontade para afirmar o que nem Khamenei pode dizer em público.


Por falta de assessoria competente ou teimosia, o presidente brasileiro pôs-se a ridicularizar o maior movimento de contestação popular em 30 anos de república islâmica. Para Lula, trata-se de mero choro de perdedor, disputa entre "vascaínos e flamenguistas". Afinal, "não é a primeira vez que um partido de oposição que perde reclama tanto".


Ficou patético o jogral entre as suas palavras e as de Ahmadinejad, que pouco antes também havia recorrido à alegoria das torcidas de futebol na tentativa de desqualificar os protestos.


É constrangedor ter de repetir o óbvio: para o Brasil, não interessa o nome do presidente do Irã; a relação bilateral é feita de Estado para Estado e se restringe ao campo dos negócios -e ainda assim num contexto em que as transações com o país persa representam só três milésimos do comércio externo brasileiro.


As falas descuidadas do presidente Lula sobre o Irã, para manter a fraseologia clubística, são diplomacia de segunda divisão.



Rio de Janeiro - Fernando Gabeira: Pra lá de Teerã


RIO DE JANEIRO - Até agora, não consigo explicar a posição de Lula sobre o Irã. Por que se precipitar e dizer que as manifestações eram brigas de vascaínos contra flamenguistas? Naquele momento, os principais líderes mundiais sinalizaram preocupação e cautela. As apurações iranianas, que levam uma semana para serem tabuladas, foram resolvidas em horas. Em Tabriz, terra de Mousavi, Ahmadinejad ganhou longe, o que não costuma acontecer.


Esses dados já estavam disponíveis. Depois da declaração, vieram outros mais embaraçosos: em mais de 30 cidades, o número de eleitores superou o de inscritos. Em Taft, o número de eleitores, segundo a oposição, elevou-se a 141 por cento: fantasmas.


Não era necessário manifestar simpatia pela oposição. Simplesmente cautela. Tanto o presidente como o Itamaraty não receberam bem as críticas sobre a visita de Ahmadinejad. Aproveitaram para dizer que a visita estava de pé. E para mostrar independência em relação à imprensa ocidental. Se ela diz uma coisa, pode ser que esteja acontecendo outra.


O Brasil quer se mostrar pragmático, disposto a tudo por um bom negócio. Mesmo bons negociantes a quem se pede, a todo instante, o sacrifício de princípios precisam saber se calar.


Não havia grandes mudanças em gestação. No Irã, às vezes, o resultado das urnas pode ser sufocado pela revolução. Mas alinhar-se aos setores mais conservadores, considerar uma luta, que depois resultaria em mortes, como um simples choque de torcidas, é qualquer coisa pra lá de Teerã.


Os iranianos que fazem seu movimento também pela internet sabem que nem todos no Brasil se alinham, nesse caso, à posição de Lula. Muitos relógios estão sintonizados com a hora de Teerã: +3:30 GMT.



FSP online (19/06/2009)


Estadão (19/06/2009)


Correio Braziliense (19/06/2009)


JB (19/06/2009)


Gazeta do Povo (19/06/2009)


Zero Hora (19/06/2009)


Último Segundo (19/06/2009)


Revista Época (19/06/2009)


Bom Dia Brasil (19/06/2009)

  • Líder supremo do Irã pede o fim dos protestos: A população não sai das ruas há quase uma semana. Ali Khamenei rompeu o isolamento e condenou a interferência estrangeira nas eleições presidenciais. Foi o primeiro pronunciamento oficial.


Jornal Hoje (19/06/2009)


Em Cima da Hora (19/06/2009)

  • Líder supremo do Irã exige fim dos protestos: O aiatolá Ali Khamenei não cedeu aos protestos dos últimos dias e afirmou que o presidente Mahmoud Ahmadinejad é o vencedor legítimo das eleições. Ele exigiu o fim das manifestações nas ruas.
  • Líderes europeus criticam a crise no Irã: O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, disse que está preocupado com a repressão aos manifestantes. Ao contrário da União Europeia, a China diz que apoia o governo do Irã.
  • Aiatolá afirma legitimidade de eleições no Irã: O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, afirmou que o presidente Mahmoud Ahmadinejad é o legítimo vencedor das eleições presidenciais, e excluiu a possibilidade de fraude.
  • Irã: Khamenei faz apelo por calma no país: Ali Khamenei disse que o resultado das eleições iranianos veio das urnas. O líder disse que não vai ceder diante dos protestos da oposição.


G1 (19/06/2009)


O Globo online (19/06/2009)


UOL Internacional / Mídia Global (19/06/2009)


Deutsche Welle (19/06/2009)


Un écho d’Israël (19/06/2009)


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