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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Lula criticado por legitimar Ahmadinejad

Os artigos sobre Israel sempre atualizados você encontra aqui.



Destaque

Reinaldo Azevedo (23 e 24/11/2009)



O Globo (24/11/2009)


Pág.1: Lula criticado por legitimar Ahmadinejad

Brasil defende direito do Irã a programa nuclear e tem apoio para vaga no Conselho de Segurança da ONU


A recepção ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, rendeu críticas ao presidente Lula nos meios diplomático e acadêmico na Europa e nos Estados Unidos.


Para analistas, a visita dá legitimidade a Ahmadinejad no momento em que ele é pressionado pela comunidade internacional a permitir o monitoramento do programa nuclear iraniano, e após uma reeleição marcada por fraudes. Lula reuniuse com ele por cerca de três horas e, na saída, defendeu o direito de o governo iraniano desenvolver programa nuclear para uso pacífico.


“O Brasil sonha com um Oriente Médio livre de armas nucleares”, disse. Ahmadinejad discursou em apoio à pretensão brasileira de uma vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU. O iraniano, que enfrentou constrangimento e protestos na visita ao Congresso, cancelou palestra em faculdade por falta de segurança.

Páginas 27 e 28, Míriam Leitão e Luiz Garcia



Pág.27.


Pág.28.


FSP (24/11/2009)


Brasília - Eliane Cantanhêde: Antes perto do que inacessível


BRASÍLIA - Mahmoud Ahmadinejad vem aumentando sua presença na América do Sul, que fica logo abaixo e sofre influência direta do arqui-inimigo do Irã, os EUA. Não deve ser por acaso.


Primeiro, Ahmadinejad passou a visitar a Venezuela com uma frequência curiosa. Depois, aproximou-se do Equador e da Bolívia. Agora, botou literalmente os pés no Brasil, trazendo mais de 200 empresários de vários ramos, de agricultura a energia.


Diplomacia se faz muito pelos interesses bilaterais, um pouco pelos regionais e às vezes pelos multilaterais.

Na vinda de Ahmadinejad, esses três ingredientes estiveram fortemente presentes, enquanto gays, feministas, bahá'ís e judeus gritavam do lado de fora dos palácios. Para o mundo ouvir. A visita é mais um marco da polêmica política externa brasileira, que já criou "frisson" com uma cúpula Mercosul-países árabes em Brasília e atraiu ao país num só mês os presidentes de Israel, da Autoridade Palestina e agora do Irã.


A intenção não é assumir um lado da questão, nem apoiar o regime iraniano, muito menos compactuar com as barbaridades de Ahmadinejad, que nega o Holocausto e já pregou "varrer Israel do mapa".


É, ao contrário, fazer como o Brasil faz inclusive com a Venezuela de Chávez: perto o suficiente para ter penetração e diálogo, longe o necessário para não se comprometer com regimes, governos ou decisões pontuais. Ao contrário, tendo força moral para criticá-los. É melhor ter o Irã por perto e submetido a alguns compromissos do que tê-lo isolado para fazer o que bem entender. Aliás, o simples fato de haver uma crescente oposição interna é bom sinal. Ahmadinejad sabe que ela não está sozinha e que o mundo está de olho. Não deixa de ser uma forma de proteção.


Engana-se quem acha que é uma ação do Brasil veladamente contra os EUA. Ao contrário, trata-se de um jogo bem combinado.



FSP online (24/11/2009)



Estadão (24/11/2009)


JB (24/11/2009)


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