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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Verão muçulmano: Palestinos vão à praia em Israel, enquanto islâmica é proibida de se banhar em Paris


Os artigos sobre Israel sempre atualizados você encontra aqui.



O Globo, Mundo, pág.31 (13/08/2009)


Verão muçulmano

Palestinos vão à praia em Israel, enquanto islâmica é proibida de se banhar em Paris


TEL AVIV e PARIS. A cena era uma das imagens clássicas de um dia na praia: crianças construindo castelos de areia e atirando água do mar umas nas outras. Mas a experiência significava algo mais: elas faziam parte de um grupo de palestinos da Cisjordânia, território ocupado por Israel sem saída para o mar, que tiveram permissão de conhecer o Mediterrâneo numa praia próxima de Tel Aviv. Para aqueles palestinos, era um momento de paz no meio de um conflito de décadas.


A iniciativa foi liderada por duas organizações pacifistas, a Combatentes da Paz e a Vigilantes dos Postos de Controle. Ontem, um grupo de dezenas de palestinos — a maioria de Tulqarem, na Cisjordânia — foi levado de ônibus até uma praia ao sul de Tel Aviv, em Israel. Dias atrás, um grupo de Belém também pôde aproveitar o mar.


— Sentimos que temos que viver em paz e criar uma atmosfera para nossos filhos.


Para que eles tenham uma vida melhor do que a que nós temos — disse Ziad Sabatein, de 37 anos, pai de cinco crianças. — Passamos pela intifada e pelos ataques de uns contra os outros. Passamos por muita coisa juntos, nós e os israelenses. Por que não viver a vida desse jeito (em harmonia)? Os nomes dos palestinos que participam das viagens à praia são enviados antes às autoridades israelenses, e alguns já foram recusados.

Meninos brincaram sem camisa, mas mulheres e jovens usavam a vestimenta chamada em alguns países europeus de “burquíni”. Um longo maiô que cobre todo o corpo, desde as canelas até acima dos cotovelos. A roupa inclui uma espécie de touca que deixa apenas o rosto de fora.


O mesmo tipo de roupa de banho que fez a alegria das palestinas em Israel, porém, provocou polêmica na França. Uma francesa convertida ao Islã, identificada apenas como Carole, foi impedida de se banhar numa piscina pública em Emerainville, um subúrbio no sudeste de Paris, exatamente por trajar o burquíni. As autoridades afirmaram que a proibição não ocorreu devido ao fato da roupa remeter ao Islã, mas por não respeitar normas de higiene da piscina, que prevê apenas o uso de roupas justas. Carole acionou os responsáveis na Justiça por discriminação religiosa.


O Globo, Caderno B, pág.10 (13/08/2009)


Filarmônica de Israel em tempo de integração

Maestro Zubin Mehta, que rege a orquestra hoje no Rio, diz que músicos árabes poderão ser aceitos no futuro


Eduardo Fradkin


O maestro indiano Zubin Mehta está de volta ao Rio para um concerto hoje no Teatro Casa Grande com a Filarmônica de Israel, da qual é diretor artístico desde 1977. Sua última apresentação na cidade foi há quatro anos, com o mesmo conjunto. Antes disso, ele esteve várias outras vezes no Brasil, com seus músicos israelenses ou de outras orquestras, como a Filarmônica de Nova York, da qual ele foi regente titular até 1991, ou a do Maggio Musicale Fiorentino. Em 1991, chegou a realizar uma viagem pelo Rio Araguaia e a conhecer o Pantanal.


— Aquela viagem que fiz com minha mulher e meus dois filhos foi inesquecível para nós. Vimos o melhor da natureza e o interior do país. Também conhecemos pessoas simples, camponeses. Desta vez, estive em Paulínia e Ribeirão Preto. Paulínia foi uma descoberta. É uma cidade nova e com uma plateia interessada. Ouviram um programa difícil, com três peças de Richard Strauss, e o digeriram bem. A sala de música fica no meio do nada. É muito diferente de São Paulo — observou.


Strauss é um compositor adorado por Mehta, que festeja sua reabilitação em Israel. Há poucas décadas, não se tocava sua música lá, devido à sua associação com o nazismo.


— Hoje, já se toca Strauss (em Tel Aviv) sem problemas, mas Wagner ainda não. Vai levar tempo para mudar isso.


Não há uma lei governamental que proscreva sua música. É um tabu autoimposto, pois ainda há sobreviventes dos campos de concentração vivos, que não querem ouvir essa música — ponderou Mehta, que, certa vez, regeu um trecho da ópera wagneriana “Tristão e Isolda” lá e viu parte do público se retirar em protesto (fato também ocorrido durante uma performance do maestro Daniel Barenboim da mesma obra).


Um exemplo mais bem-sucedido de tolerância foi relatado em seguida pelo indiano: — Iniciamos um programa há um ano pelo qual enviamos professores da academia da Filarmônica de Israel para dar aulas a árabes. Eles vão a cidades árabes em Israel e ensinam jovens músicos árabes talentosos. Eu espero que um dia um deles faça parte da nossa orquestra. Nunca houve uma lei contra isso, apenas uma questão de falta de oportunidade. Há um pianista árabe que às vezes toca conosco em turnês, Salim Abboud. Em nossa última passagem por Amsterdã e Copenhague, ele solou um concerto de Beethoven conosco.


Dobradinha de concerto e discoteca atrai jovens Outra iniciativa curiosa é a série “Jeans”, em que os músicos se vestem à vontade (de calças jeans, preferencialmente), assim como o público. Há uma palestra informal antes do concerto, e, depois, o lobby da sala de música é transformado numa discoteca com DJ.

— Essa série tem atraído um público jovem para os concertos — garantiu o maestro.


Em 2005, quando esteve pela última vez no Brasil, o indiano foi conhecer a Orquestra Sinfônica de Heliópolis, formada por jovens da maior favela de São Paulo, e ficou impressionado com um contrabaixista chamado Adriano Chaves, a quem levou para estudar em Israel.


— Eu estava regendo a orquestra e vi esse contrabaixista, que tocava muito bem. Pedi para ele tocar sozinho para mim depois do ensaio e, como ele mostrou ter talento, decidi leválo para estudar em Israel. Foi a primeira vez que um jovem de outro país foi convidado a estudar lá. Agora, já temos três brasileiros lá e mais um a caminho, um violista da Sinfônica de Heliópolis que conheci hoje (terçafeira) — afirmou Mehta.


Chaves, hoje com 21 anos, tocou com a orquestra em algumas ocasiões como músico substituto e está fixo na seção de contrabaixos nesta turnê. Ao fim dela, ele voltará para São Paulo e diz que tentará uma bolsa de estudos na Alemanha.


Da última vez que esteve com a Filarmônica de Israel no Rio, Mehta regeu a sinfonia no6, “Trágica”, de Mahler. Desta vez, ele ofereceu a transcendental 9asinfonia de Mahler como uma das possibilidades de programa, mas vai acabar regendo as mais convencionais 6ae 7asinfonias de Beethoven no concerto de hoje, que está com ingressos esgotados há semanas e terá renda destinada a projetos sociais da instituição Beit Lubavitch.


— Não quiseram a 9ª de Mahler — contou ele.


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