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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Lula deve apresentar iniciativa de paz quando visitar Israel


Os artigos sobre Estudos Judaicos e Israel sempre atualizados você encontra aqui.



O Globo (28/12/2009)


FSP (28/12/2009)


Lula deve apresentar iniciativa de paz quando visitar Israel


Viagem do presidente, que também incluirá territórios palestinos, será em março


MARCELO NINIO

ENVIADO ESPECIAL AO CAIRO


O governo brasileiro pretende dar um passo além da retórica em seu desejo de ter um papel político relevante no Oriente Médio. O chanceler Celso Amorim disse ontem no Cairo que a ideia é apresentar alguma iniciativa de paz durante a visita do presidente Lula a Israel e territórios palestinos, prevista para meados de março.


Até lá, o ministro continuará mantendo encontros com representantes dos principais países da região, para avaliar como o Brasil pode contribuir no processo de paz. Após o Egito, a próxima parada é a Turquia, no início de janeiro.


"Isso vai criando as condições para que você possa oferecer uma coisa concreta. Não é algo que se elabora num gabinete", disse Amorim em entrevista à Folha. Ele não quis dizer de que tipo será a proposta. "Pode ser de conteúdo ou de procedimento. Até março teremos algo específico."


As tensões regionais foram o principal tema dos encontros mantidos pelo ministro brasileiro em sua rápida passagem pelo Cairo. Na agenda, conversas com o ditador Hosni Mubarak, o chanceler, Abul-Gheit, e o chefe do serviço de inteligência, Omar Suleiman, além do secretário-geral da Liga Árabe, Amr Moussa.


Foi a primeira viagem do chanceler brasileiro ao Oriente Médio desde as visitas em série de personalidades da região a Brasília, no mês passado, e uma chance de avaliar como é recebida num dos mais importantes países do mundo árabe a penetração do Brasil.


Na entrevista conjunta de Amorim e Abul-Gheit, um jornalista egípcio perguntou como as presenças dos presidentes de Israel, da Autoridade Nacional Palestina e do Irã em Brasília em menos de duas semanas se encaixavam nas ambições do Brasil para a região. "Não temos uma fórmula mágica para resolver os problemas", respondeu o chanceler. "Mas acreditamos que novos atores trazem novos ares, e isso pode ajudar."


A proposta de "arejar" as negociações já havia sido apresentada por Amorim em janeiro, durante visita a Israel, Síria, territórios palestinos e Egito, em plena ofensiva israelense contra a faixa de Gaza. Na época, o ministro sofreu severas críticas, inclusive de seus dois antecessores no cargo, por praticar uma diplomacia de muita visibilidade e pouco resultado.


Mas em sua terceira visita ao Egito neste ano, o chanceler brasileiro disse que está convencido de que o desejo brasileiro de ser mais atuante no Oriente Médio é cada vez mais bem-vindo na região.


Ele deu como exemplo o pedido feito por Mubarak para que o Brasil faça parte da força de manutenção da paz entre Israel e Egito, estacionada no deserto do Sinai. Amorim respondeu que o pedido terá de ser avaliado do ponto de vista legal.


Com o envolvimento crescente do Brasil na região e o interesse do país em se fazer ouvir, diz o chanceler, é natural que surja uma proposta concreta para lidar com o conflito. "A proposta surge quando você participa do diálogo. O Brasil não vai criar um plano de fora, mas, estando dentro do diálogo, ele pode surgir."



FSP online (28/12/2009)


Estadão (28/12/2009)


ZH (28/12/2009)


G1 (28/12/2009)


Aurora Digital (28/12/2009)


Deutsche Welle (27/12/2009)


BBC Brasil (27/12/2009)


Deutsche Welle (27/12/2009)


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