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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Papa: igreja ajudou judeus silenciosamente no Holocausto


Os artigos sobre Estudos Judaicos e Israel sempre atualizados você encontra aqui.



Destaque


O Globo (18/01/2010)


Arquiteto Frank Gehry desiste de seu projeto para o Museu da Tolerância: Obra em Israel está prevista para ser erguida em cemitério muçulmano


Juan Miguel Muñoz

Do El País • JERUSALÉM


Sobre o projeto para construir o chamado Museu da Tolerância de Jerusalém, uma iniciativa que até agora só fez despertar polêmicas pelos mais diversos motivos, cada vez há mais escombros. O último, mas de grande relevância, foi a desistência do arquiteto Frank Gehry, cuja empresa advertiu o Centro Simon Wiesenthal, patrocinador do museu, de que não poderá utilizar seu projeto de um prédio de titânio, cristal e pedra. O motivo da desistência: o pedido da fundação para que o prestigiado arquiteto reduzisse a magnitude da obra e, consequentemente, seu custo financeiro, que em plena crise econômica rondava os 175 milhões de euros.


— Não estamos mais envolvidos com o projeto — afirmou, na semana passada, Craig Webb, um dos sócios da empresa Gehry Partners.


Na página na internet do Centro Simon Wiesenthal, o espaço dedicado ao Museu da Tolerância está “em construção”.

Todas as referências ao projeto de Frank Gehry desapareceram, apesar de os responsáveis pela instituição e pela empresa do arquiteto premiado preferirem manter silêncio sobre o assunto.


No entanto, a fundação patrocinadora já procura outro arquiteto para a construção do prédio que vai ocupar grande parte do centenário cemitério muçulmano de Mamila, em pleno coração da cidade santa, numa área de 30 mil metros quadrados. A nova construção não agrada às organizações islâmicas de Israel — país em que ruas são desviadas quando se encontram ossadas judias —, que alegam que o museu vai profanar a santidade do cemitério onde ninguém é enterrado desde 1920.


Espaço para museu já tem um estacionamento A Justiça em Israel autorizou a construção em novembro de 2008. O argumento utilizado na época foi o de que, como em 1960 já havia sido construído um estacionamento em parte do terreno do cemitério sem protesto algum, não haveria justificativa para não se prosseguir com a obra do museu.


As organizações contrárias à obra, porém, lembram que, na década de 1960, havia toque de recolher para os palestinos, e qualquer manifestação pública era impensável. Centenas de esqueletos já foram exumados e enterrados ao lado da área destinada ao museu.


Não são só os religiosos muçulmanos que se opõem à construção. Rabinos judeus também consideram os túmulos sagrados. Especialistas em arquitetura dizem que o projeto de Gehry é megalômano e acreditam que ele destruiria a vida do antigo bairro de Nahalat Shiva, que décadas atrás reagiu à ameaça de ser derrubado para a edificação de arranhacéus. Os prédios nunca foram construídos.


Em Jerusalém, o projeto inicial de Frank Gehry também encontrou a resistência de alguns setores políticos e de exdiplomatas israelenses que trataram de convencer o arquiteto canadense a desistir da obra.


O atual prefeito da cidade, o direitista Nir Barkat, ignora os protestos: — Não vejo problema algum com a localização do museu.


Mas há muito mais gente que vê: — Há algo profundamente inquietante na ideia de se levantar um museu da tolerância em terreno onde os muçulmanos têm enterrado seus mortos há mais de 800 anos — declarou o rabino americano Eric Yoffie.


Museu do Holocausto também está reclamando Não foi a polêmica envolvendo o cemitério muçulmano, porém, que provocou a desistência de Frank Gehry, criador também do Museu Guggenheim de Bilbao, do Walt Disney Hall de Los Angeles e da Casa da Dança de Praga. “Outros arquitetos que fazem parte do projeto garantem que os protestos não estão relacionados com a desistência de Gehry”, publicou em artigo o jornal israelense “Haaretz”.


Se o Centro Simon Wiesenthal encontrar novo arquiteto, novo projeto, novo estilo e, enfim, conseguir construir seu Museu da Tolerância, pode encontrar outro obstáculo ao decidir de que se constituirá seu acervo. Os diretores do Museu do Holocausto, de Jerusalém, já deixaram claro que não querem que o genocídio perpetrado pelos nazistas seja abordado pelo futuro museu.



FSP online (18/01/2010)


Estadão (18/01/2010)


JB (18/01/2010)


ZH (18/01/2010)

  • Mundo
  • Saia justa papal (página 22): Em meio a duras críticas, o papa Bento XVI defendeu ontem as ações da Igreja Católica frente ao Holocausto dentro da principal sinagoga de Roma. A visita dividiu a comunidade judaica italiana, após ele ter dado continuidade ao processo de beatificação de Pio XII, no mês passado. Líder da Igreja Católica durante a II Guerra Mundial, Pio XII é acusado de ter silenciado sobre as ações nazistas. Em seu discurso ao Papa, o presidente das Comunidades Judaicas de Roma, Riccardo Pacifici, salientou que os esforços para a beatificação fazem o “silêncio” de Pio XII doer ainda mais. – Talvez isso não tivesse impedido os trens da morte, mas teria mandado um sinal, uma palavra de extremo conforto, de solidariedade humana, para aqueles nossos irmãos transportados aos fornos de Auschwitz – afirmou Pacifici, em um dos mais explícitos comentários já feitos por um líder judeu em público a um Pontífice.


Terra (18/01/2010)


G1 (18/01/2010)


Último Segundo (18/01/2010)


Uol Internacional / Mídia Global (18/01/2010)


IHU (18/01/2010)

  • Papa: igreja ajudou judeus silenciosamente no Holocausto: O Papa Bento XVI, que visitou a principal sinagoga de Roma neste domingo, 17, defendeu as ações do Vaticano frente ao Holocausto. Segundo ele a igreja católica ajudou silenciosamente a salvar os judeus do extermínio durante o nazismo. Bento XVI ressaltou ainda as ações corajosas de católicos na Itália e em outras partes do mundo e afirmou que o próprio Vaticano ofereceu assistência aos judeus de forma secreta e discreta durante o período.
  • Líder judeu de Roma pressiona papa sobre 'silêncio' de Pio XII: Um líder judeu italiano disse ao papa Bento XVI neste domingo que seu predecessor papa Pio XII deveria ter se manifestado com mais força contra o Holocausto para mostrar solidariedade aos judeus levados aos "fornos de Auschwitz".


Pletz (18/01/2010)


Aurora Digital (18/01/2010)


GP (17/01/2010)

  • Mundo
  • Líder judeu de Roma pressiona papa sobre "silêncio" de Pio XII: XII deveria ter se manifestado com mais força contra o Holocausto para mostrar solidariedade aos judeus levados aos "fornos de Auschwitz". Os comentários do presidente da comunidade judaica de Roma, Riccardo Pacifici, foram feitos durante a primeira visita do papa à sinagoga de Roma e estão entre os mais explícitos já feitos por um líder judeu em público a um papa. >>> Leia mais, clique aqui.


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17/01/2010

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