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Rio de Janeiro, RJ, Brazil
Cláudia Andréa Prata Ferreira é Professora Titular de Literaturas Hebraica e Judaica e Cultura Judaica - do Setor de Língua e Literatura Hebraicas do Departamento de Letras Orientais e Eslavas da Faculdade de Letras da UFRJ.

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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Israel x Gaza x Oriente Médio (286) .... Uma das faces do terrorismo é esta

Reinaldo Azevedo (10/02/2009)


UMA DAS FACES DO TERRORISMO É ESTA (o grifo colorido é do autor)


Há 210 comentários na fila. Esperem um pouquinho. Vamos lá. Um leitor — não declino o nome para que ele não tenha do que se orgulhar junto a seus amiguinhos defensores do terror, como ele — andou enviando uns comentários para o blog que se inscrevem no que chamo “Propaganda do Hamas”. Foram vetados, é claro. Inconformado, ele resolveu apelar à VEJA. Decidiu me DENUNCIAR, sabem? E usando as mesmas táticas mentirosas do Hamas, que ele tanto admira. Com aquele misto de falsa subserviência e arrogância que tão bem caracteriza essa gente, mandou ver. Segundo este amigo do terror, eu deponho contra a credibilidade da VEJA. Vamos a seu e-mail, em vermelho. Respondo em azul.


Bom dia!

Em sua coluna online do dia 4 de fevereiro deste ano, Reinaldo Azevedo critica a postura da imprensa por não fazer uma retratação a respeito de um suposto ataque israelense a uma escola da ONU na Faixa de Gaza que vitimou 43 pessoas, desmentido dias depois (as pessoas não estavam dentro da escola; estavam no portão, do lado de fora). A partir desta notícia, Reinaldo Azevedo insinua que todas as atrocidades israelenses são na verdade invenção do Hamas.

- "Desmentido dias depois” uma ova! Desmentido quase um mês depois — precisamente, 26.
- Seu texto dá a entender que o ataque se deu do lado de fora da escola, no quintal talvez. Foi numa rua próxima — até porque não foi um ataque aéreo, mas terrestre.

- As fotos que você envia, com imagens de um prédio bombardeado, são a prova da fraude. Elas ilustram um ataque. Nada têm a ver com a notícia que foi desmentida. Fazem parte justamente da propaganda do Hamas.

- Não há comprovação de que tenham morrido 43 pessoas naquele episódio. Os números também são do Hamas. E o Hamas, como nós sabemos, além, de roubar o auxilio dado aos desabrigados e de torturar e matar os próprios palestinos, mente. Aliás, terroristas e seus amigos são mentirosos.

- A propósito, deixe de ser vigarista: o desmentido da ONU não MUDOU AS PESSOAS DE LUGAR, MAS MUDOU O LUGAR DO ATAQUE.


Enviei, então, por 3 vezes, um comentário onde eu explicava que Israel atacou sim escolas da ONU, como ilustrado nos seguintes links (e ele envia dois links: este e este).

Vocês sabem como o terrorismo é bom em fornecer fotos. Lembram-se daquela de uma menininha palestina, em meio a escombros, com um pedaço de pão numa das mãos e uma bonequinha na outra, com o rosto (da boneca) sujo de tinta vermelha? Não era uma foto. Era uma metáfora.

É MENTIRA QUE ISRAEL TENHA ATACADO ESCOLAS DA ONU. DITO ASSIM, PARECE QUE ERA UM PROPÓSITO. ISRAEL ATACOU LUGARES USADOS COMO BASE PELOS TERRORISTAS. Se há coisas em que a facção pró-Hamas da ONU e os próprios terroristas são bons é em produzir falsas evidências. Depois as Nações Unidas têm de pagar o mico de fazer desmentidos.


Ou seja, o que a ONU admitiu foi que, naquele episódio em particular, a informação inicial era incorreta, não que nenhuma escola da ONU foi bombardeada ou, pior ainda, todas as "atrocidades" israelenses foram farsas do Hamas.

INFORMAÇÃO “INCORRETA” , NÃO!!! INFORMAÇÃO FALSA! A “incorreção” sugere um erro involuntário. A falsidade é uma construção. As fontes da imprensa na guerra em Gaza eram o Hamas e a UNRWA. E eram invariavelmente contra Israel. ENTÃO É NECESSÁRIO QUASE UM MÊS PARA SABER SE UM PRÉDIO FOI OU NÃO ATACADO?
- Você mente ao sugerir que usei o caso para negar “atrocidades israelenses”. Até porque os seres atrozes da região são os terroristas. Atrocidade pratica quem se esconde atrás de crianças para fazer a guerra. Atrocidade pratica quem usa escolas e hospitais como base de ataque terrorista. Atrocidade pratica quem foge do combate contra o “inimigo” e depois sai torturando e matando seu próprio povo. Como fazem seus amiguinhos do Hamas. É claro que a morte de inocentes numa guerra é uma “atrocidade”. A questão é saber se a atrocidade faz parte do plano de ação ou é um dano indesejado, presente em toda guerra.


Pois bem, meu comentário simplesmente foi recusado pelo Reinaldo Azevedo, de modo que ele agiu da mesma maneira que a imprensa que criticou na mesmíssima coluna: omitiu informações a seu público por não querer dar o braço a torcer que estava errado.

Recusei porque:

- do meu blog, participa quem eu deixo participar; mando eu;

- porque você é um contumaz defensor dos terroristas do Hamas;

- porque você aprendeu direitinho a técnica do terrorismo de fabricar mentiras inteiras a partir de pedaços da verdade.


Considero que este tipo de conduta que beira o infantil não é condizente com o de um jornalista de uma publicação como a Veja e mina a credibilidade da revista enquanto órgão de informação responsável.
Obrigado pela atenção,

Se você fosse leitor da revista, saberia que abordei o caso no artigo escrito para a edição desta semana.

Ah, mina a credibilidade da revista, é? Entendi. O terror, que adora mentir sobre escolas bombardeadas, também pede a cabeça de jornalistas.


Ah, sim. O caráter dessa gente se revela. O cara enviou esse e-mail hoje para a VEJA. Pois não é que, praticamente ao mesmo tempo, mandou para o blog um novo comentário!? Na mensagem à revista, ele diz que não sou compatível com o padrão da publicação. No blog, ele é todo solícito, suave: “Reinaldo, acho que você se equivocou...”


Entenderam? Não se é simpático ao terror sem ser, também, traiçoeiro.



FSP online (10/02/2009)

Anistia acusa Hamas de perseguir "colaboradores" de Israel em Gaza: A organização de defesa dos direitos humanos Anistia Internacional acusou nesta terça-feira militantes do Hamas de perseguir, sequestrar, torturar e assassinar suspeitos de colaborar com Israel na recente ofensiva militar do Exército israelense na faixa de Gaza que deixou 1.300 palestinos mortos e cerca de 5.000 feridos. Segundo relatório divulgado pela Anistia, a campanha do Hamas começou em dezembro passado. Ao menos 12 homens teriam sido mortos a tiros. Conforme a organização, dezenas de pessoas teriam sofrido ferimentos a bala nas pernas e joelhos ou sido espancadas com o objetivo deliberado de deixar sequelas. Além dos supostos colaboradores, críticos e opositores à liderança do Hamas também estão sendo perseguidos e, muitas vezes, ameaçados de morte, de acordo com o relatório.

Crise econômica preocupa brasileiros que votam nas eleições de Israel: Preocupados com segurança e emprego, milhares de brasileiros vão às urnas nesta terça-feira, em Israel. O conflito com grupos palestinos e os efeitos da crise financeira internacional sobre o país estão no topo das prioridades de judeus brasileiros com dupla cidadania aptos a votar na eleição parlamentar israelense.



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10/02/2009

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