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Abu Yussef: palestino escolheu ser informante do inimigo
Abu Yussef, o palestino que escolheu ser informante de Israel
France Press
SDEROT - O palestino Abu Yussef ouve diariamente os estrondos dos bombardeios israelenses em Beit Lahiya, sua cidade natal, mas continua apoiando o Estado hebreu com a mesma convicção que tinha no dia em que se alistou como agente secreto.
"Se dependesse de mim, Israel não apenas assumiria o controle de Gaza, como também do resto do mundo árabe", afirma este aposentado de 60 anos. Abu Yussef vive em Sderot, no sul de Israel, um dos principais alvos há oito anos dos foguetes palestinos disparados a partir da Faixa de Gaza, a
Antes se de instalar nessa cidade há 16 anos, Yussef, que se nega a revelar o verdadeiro nome, trabalha em Gaza como informante do Exército israelense.
Para os palestinos, ele é um "vira-casaca" e um traidor. Pode ser condenado à morte se for detido pela polícia da Autoridade Palestina ou simplesmente executado se capturado por um grupo armado.
"Se as forças israelenses voltassem a Gaza e tomassem o controle, eu poderia voltar, mas, de outro modo, estou correndo perigo", admitiu.
Este palestino desfruta agora, graças à nacionalidade israelense, de uma vida aprazível com seus seis filhos. Tem uma ótima aposentadoria e vive em uma casa grande, num bairro limpo e arborizado.
Em Sderot vivem várias famílias de ex-agentes de Israel, uma pequena comunidade solidária que evita chamar a atenção. Depois da Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel recrutou milhares deles para estabelecer seu controle na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.
O Shin Bet, o serviço de segurança interna israelense, se nega a precisar o número de membros, a identidade ou natureza do trabalho dos integrantes. Mas graças a eles, Israel conseguiu impedir inúmeros atentados e deter ou eliminar importantes ativistas palestinos.
Segundo Efraim Inbar, especialista em questões de inteligência e diretor do centro israelense Begin Sadat de estudos estratégicos, os agentes encarregados de recrutar os palestinos utilizam as divisões internas, os conflitos entre famílias e qualquer ponto frágil que podem encontrar.
"A Palestina é uma sociedade muito fraturada", explica, "e os agentes de recrutamento recorrem também a métodos pouco legítimos, como ameaças e chantagem".
Em agosto passado, a ONG Physicians for Human Rights-Israel recolheu os testemunhos de 30 palestinos que afirmaram ter sido obrigados a colaborar com Israel quando queriam sair de Gaza para buscar tratamento médico no exterior.
Estes "colaboracionistas" participam provavelmente na ofensiva israelense em Gaza, ajudando o Exército a localizar os túneis de contrabando e os esconderijos de armas ou frustar os ataques de Hamas.
Abu Yussef se nega naturalmente a dizer em que consiste seu trbalho, mas afirma estar orgulho dos serviços que presta a Israel. "Israel é o único país da região que progride", explica. "Estive em muitos países árabes, na Arábia Saudita, no Kuwait, e nenhum é como este país. Os judeus são as pessoas mais próximas do Islã", afirma.
Ele, cuja família ainda se encontra em Gaza, responsabiliza o Hamas por este conflito. "Se meus filhos morrerem, a culpa será do Hamas. São eles que querem matar as crianças nesta guerra", conclui.
FSP online
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Amorim "não fracassou", afirmam especialistas
FABRICIA PEIXOTO
da BBC Brasil
O chanceler brasileiro, Celso Amorim, retorna nesta quarta-feira de uma viagem ao Oriente Médio aparentemente sem conseguir atingir seu objetivo principal, que era incluir o Brasil no seleto grupo de países que vêm trabalhando no processo de paz entre Israel e o grupo islâmico palestino Hamas.
O resultado, no entanto, não deve ser visto como uma derrota da diplomacia brasileira. Pelo menos essa é a interpretação de especialistas em relações internacionais ouvidos pela BBC Brasil. "Considerar a viagem uma derrota é um exagero. Desde o início era sabido que as chances de o Brasil influenciar o processo eram definitivamente muito pequenas", diz Andrew Hurrel, professor-visitante do Centro de Estudos Brasileiros, da Universidade de Oxford.
Segundo Hurrel, a viagem ao Oriente Médio, no momento em que a região é foco da comunidade internacional, é coerente com a política externa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que é participar das principais discussões mundiais. "Existem diversas formas de se ganhar prestígio no cenário internacional. Uma delas é de que sua contribuição seja reconhecida por outros países. Não necessariamente por meio de um resultado efetivo", diz Andrew Hurrel.
Em quatro dias, o ministro Amorim teve encontros com autoridades locais na Síria, Israel, Cisjordânia, Jordânia e Egito. A pedido do presidente Lula, Amorim colocou o Brasil à disposição para participar das negociações. Lula também sugeriu uma conferência para discutir a paz na região, tão logo o conflito chegue ao fim.
A iniciativa brasileira, porém, foi criticada por alguns ex-membros da diplomacia brasileira. Entre eles está o ex-chanceler Luiz Felipe Lampreia. Segundo ele, a viagem de Amorim ao Oriente Médio "beira o ridículo", em função de sua pouca influência na região.
Grupo restrito
As conversas entre Israel e o Hamas vêm sendo intermediadas por um grupo restrito, que inclui basicamente Estados Unidos, França e Egito. Mais recentemente, Turquia foi incluída no processo, a pedido do grupo palestino.
"Entrar para esse grupo não é fácil", diz o especialista em Oriente Médio da London School of Economics, Amon Aran. "Para participar do grupo de negociadores, um país precisa ter um forte vínculo, seja ele histórico, geográfico ou material". Segundo ele, o Brasil não se encaixa nesse perfil. Além disso, diz, é preciso considerar o fato de que os negociadores que já estão no círculo dificilmente abrirão espaço para novos atores.
Na visão de Aran, as chances do Brasil são "praticamente nulas". "Mas isso não quer dizer que o país não possa tentar e até obter algum outro resultado positivo com a iniciativa".
O professor de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Virgílio Arraes, diz que o Brasil vem tentando ampliar a atuação diplomática fora do eixo tradicional, historicamente a América Latina. "O país precisa fazer isso se quiser pleitear um assento no Conselho de Segurança da ONU", diz. Segundo Arraes, a viagem ao Oriente Médio faz sentido nesse contexto.
Segundo ele, a influência do Brasil em outras regiões é de fato "reduzida", e por isso "a diplomacia vem se mexendo".
Para a professora Susan Purcell, diretora do Centro de Política Hemisférica da Universidade de Miami, o fato de Amorim ter voltado para casa sem provar sua influência não significa uma derrota. "Não é exatamente um fracasso brasileiro. A essa altura, nenhum outro país sozinho, seja ele os Estados Unidos ou a França, teria conseguido um resultado diferente", diz.
Para ela, o Brasil apostou em uma iniciativa diplomática de "baixo risco" --com pouco a perder-- e, ao mesmo tempo, com chances de obter alguma vantagem, ao demonstrar especial interesse no processo de paz.
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Jornal Hoje
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Estadão
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